19/02/2018 17:55
Um novo índice colocou o Brasil entre os países onde a atuação da sociedade civil e o exercício das liberdades individuais – como os direitos de se manifestar ou de expressar sua opinião – é apenas “limitado”. A escala tem cinco níveis e vai de “livre” a “fechado”. Elaborado pela organização Brot für die Welt [Pão para o Mundo²], ligada à Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), o Atlas das Sociedades Civis destaca que, “desde o controverso processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em agosto de 2016, esse país do G20, a nona maior economia do mundo, vive uma grave crise democrática”.
Segundo o relatório, “a participação ativa na política, por meio de movimentos sociais, dá cada vez mais lugar à criminalização de ativistas. O clima político é cada vez mais determinado por um conservadorismo religioso” que desrespeita os direitos de mulheres e homossexuais, “elevando as tensões e as diferenças sociais”. “Unidades especiais agem com gás lacrimogêneo, granadas de luz e som, balas de borracha e, em parte, munição letal contra os manifestantes”, o que, de acordo com o relatório, frequentemente resulta em pessoas feridas e até mesmo mortes.
O Brasil aparece no índice ao lado de outros 52 países onde a livre expressão das liberdades individuais é “limitada pelos governantes por meio de uma combinação de limitações legais e práticas”. Outros países da lista são Índia, Indonésia, Moçambique, Haiti e Israel.
Em todo o mundo
O Atlas das Sociedades Civis, lançado no último 31 de janeiro, apresenta uma situação sombria para a atuação da sociedade civil e o exercício das liberdades individuais em todo o mundo e destaca que apenas 2% da população mundial vivem em sociedades onde é possível se expressar e atuar politicamente de forma completamente livre. Em todo o mundo, a tendência aponta para os regimes autoritários.
[1] Fonte: Deutsche Welle (DW). Leia a matéria completa.
[2] A organização alemã é apoiadora institucional do FASE.