Mapa Quilombo da Gamboa – na pequena África
O Quilombo da Gamboa nasceu em 2008, fruto da mobilização da Central de Movimentos Populares (CMP) e da União de Moradia Popular (UMP), com o objetivo de garantir a função social de imóveis da União, transformando-os em habitações de interesse social. Parte das famílias moradoras vieram da ocupação Quilombo das Guerreiras, localizada na Avenida Francisco Bicalho, que foi removida em 2013 pelo prefeito Eduardo Paes para dar lugar a projetos da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Após a remoção, algumas famílias aceitaram indenizações e auxílio aluguel, mas a CMP, a UMP e a ONG Bento Rubião reivindicaram seis terrenos na região, dos quais quatro pertenciam ao Governo Federal e dois à Prefeitura. Inicialmente, o projeto habitacional previa 143 unidades, mas, devido a alterações no traçado urbanístico, foi reduzido para 96 unidades.
Caderno de Atividades: Por Manguinhos mais limpa
Neste caderno, vamos aprender como pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença para manter nosso lugar de moradia mais limpo, saudável e seguro. Além disso, a gente precisa saber que o poder público e a participação de todos são essenciais para construir um lugar melhor para se viver. Então, acompanhe Tilimpim e seus amigos nesta jornada e veja como a união entre a comunidade e o governo pode transformar o nosso bairro!
Relatório “Avanços e retrocessos na destinação de terra para a reforma agrária no oeste do Pará”
Observando os conflitos agrários enfrentados na região Oeste do Pará, o relatório enquadra-se como uma ferramenta disponível às lideranças comunitárias, bem como aos governantes, a fim de auxiliar no planejamento e aperfeiçoamento de ações relativas à democratização do acesso à terra e políticas integradoras da Reforma Agrária.
A Amazônia sofre muitos ataques quanto à destinação de terras, em que o capital explorador toma conta dos territórios, e também onde, há gerações, os povos ocupam, habitam e cuidam. Todavia, a grilagem de terras tem sido um grande problema na região, exterminando as relações socioambientais.
Cartilha Agroecológica “Construindo Territórios Saudáveis”
Nas favelas, a agricultura urbana sempre esteve presente como forma de expressão cultural, garantia de abastecimento, de alimentos e remédios caseiros, proteção energética e espiritual, retomada da sabedoria ancestral e resistência.
Utilidade Privada: Despossessão Pública
Este texto se baseia no relatório regional: UTILIDADE PRIVADA, DESPOSSESSÃO PÚBLICA, Utilidade Pública e conceitos análogos relacionados às atividades mineiro-energéticas. Análise na Bolívia, Brasil, Equador, Colômbia, Honduras, Chile, México e Peru, elaborada pelo Grupo de Trabalho “Utilidad Pública en América Latina” (Utilidade Pública na América Latina).
Culturas Alimentares: um estudo sobre comunidades amazônicas
Este estudo participativo Culturas alimentares: um estudo sobre comunidades amazônicas foi realizado junto a comunidades quilombolas e agroextrativistas na Amazônia Legal, nos estados do Pará e do Mato Grosso, onde a Federação de Órgãos de Assistência Social e Educacional (FASE) desenvolve atividades socioeducativas. O estudo, que integra o projeto Amazônia Agroecológica, financiado pelo Fundo Amazônia gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), teve os seguintes objetivos: (i) identificar os alimentos produzidos e consumidos pelas famílias
segundo seu significado cultural, identitário e de pertencimento ao território e o papel das mulheres; (ii) identificar mudanças ou perdas de práticas na produção de alimentos (receitas, sementes ou práticas tradicionais de cultivos) e seu impacto na Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); e (iii) analisar as condições de acesso das comunidades às políticas públicas para a agricultura familiar e de SAN.
Nota Técnica – Direito e Prioridade: Pode a Mineração Sobrepor à Reforma Agrária?
A série Direito a Terra e ao Território foi concebida pela FASE com intuito de oferecer subsídios para o debate e a incidência de movimentos sociais e organizações da sociedade civil sobre questões relacionadas à propriedade, posse e uso da terra no país; temas que definem centralmente a questão agrária no país. No formato de uma nota técnica, o documento analisa política e juridicamente como a norma enfraquece a política de reforma agrária na medida em que cria dispositivos que facilitam a disponibilização das áreas de assentamentos à mineração e grandes empreendimentos econômicos, contornando os procedimentos já existentes para análise da (in)compatibilidade entre a natureza desses empreendimentos e a destinação dada à área para fins de reforma agrária.
Da Transição Energética à Transição Ecológica: A Contribuição da Justiça Ambiental e um Convite ao Debate
A publicação traz à tona questões cruciais sobre a relação entre as desigualdades sociais, as mudanças climáticas e a necessidade urgente de transições energéticas mais sustentáveis. Escrito por Cecília Campello A. Mello, Julianna Malerba e Soraya Tupinambá, destaca a importância da justiça ambiental e convida à reflexão sobre modelos energéticos mais eficientes e equitativos.
Edital Agitando Pensamentos 2024
Como dizia Audre Lorde, “não existe luta por uma questão única porque não vivemos vidas com questões únicas”. Para o Fundo SAAP, quatro décadas depois, tal afirmação permanece fundamental e profundamente significativa, em especial para as pessoas que vivem nas periferias e favelas cujo dia- a- dia é estruturado e atravessado por inúmeras violências e violações derivadas das dinâmicas patriarcais, racistas. desigualdades de classe, LGBTQIAPN+fobia, dentre outras.
O apoio se destina a grupos que tenham ao menos um ano de atuação e orçamento anual inferior a R$100.000,00. Arraste para o lado e veja os depoimentos de quem participou do edital anterior. Inscrições até 27 de março. Não perca!
Acesse o edital na íntegra e preencha o formulário de inscrição.
Caderno de Formação: Sociobiodiversidade
Este caderno de formação aborda o tema da Sociobiodiversidade e sua relação com os direitos territoriais de povos e comunidades radicionais. Inclui reflexão sobre conhecimentos e práticas sobre a relação com a natureza e manejo do bioma; melhoramento genético
de plantas e animais; culturas alimentares, ameaças e resistências aos modos de vida.
Elaborado pela FASE, é um subsídio para a formação de Multiplicadores e Multiplicadoras em Agroecologia no âmbito do projeto Amazônia Agroecológica, com apoio do Fundo Amazônia.
Caminho das Águas – “Quem paga tem, e quem não pode pagar, fica sem?”
Desde 1961, a FASE atua no fortalecimento de grupos sociais para a garantia de direitos, da democracia e da justiça ambiental. Atualmente, está presente em seis estados, já tendo impactado cerca de 3,7 milhões de pessoas ao longo da nossa trajetória.
No tema das águas, a FASE é reconhecida pela presença histórica na luta pela universalização do acesso ao saneamento como um componente do direito à cidade, compreendendo enquanto “saneamento” o conjunto de serviços e bens de provisão de água, tratamento de esgoto, drenagem e destinação adequada de resíduos sólidos. Recorrentemente denuncia o escândalo que é viver em um país rico em água e com capacidade instalada para atender à crescente demanda social por direitos e cidadania, mas com parcelas tão significativas da população totalmente excluídas das redes de acesso à água encanada e vivendo em condições insalubres de dejetos a céu aberto.
Comida de verdade nas escolas do campo e da cidade – Aprendizados de pesquisa e ação em nove terrritórios brasileiros
O Projeto Comida de Verdade nas Escolas do Campo e da Cidade foi desenvolvido pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) juntamente com o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) e outras organizações parceiras. Trata-se de uma experiência de pesquisa-ação acerca da inserção dos produtos da agricultura familiar e agroecológicos na alimentação escolar brasileira por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Plano de uso dos recursos naturais do território Quilombola Laranjituba e África, municípios de AbaetéMOJU, PARÁ
O PLANO DE USO DO TERRITÓRIO QUILOMBOLA LARANJITUBA E ÁFRICA foi promovido e incentivado pela Associação Quilombola do Baixo Caeté Comunidades Laranjituba e África (AQUIBAC) com apoio da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE Amazônia). O Plano de Uso é o principal instrumento de gestão ambiental das comunidades locais, resultado de discussões realizadas em reuniões e Assembleia que contaram com a participação das famílias residentes nas comunidades, onde são apontados os direitos e deveres dos moradores, objetivando a sustentabilidade ambiental, social e econômica da área, na Filosofia do Bem-Viver dos Moradores Locais e Gerações Vindouras.
Defender e Proteger as Águas como um bem comum
Defender e proteger as águas como um bem comum” é o primeiro volume de uma série de encartes deseja difundir o acúmulo produzido pelas distintas lutas por Territórios Livres de Mineração, organizando os argumentos e as estratégias coletivas que convocam a sociedade a rediscutir os pressupostos para implantação da atividade minerária.
Estas experiências de luta mostram as dinâmicas socioculturais, econômicas e ecológicas ameaçadas pelas mineradoras e demandam restrições e limites às suas atividades, defendendo o direito dos povos a dizer não e a participar das definições sobre o futuro de seus territórios e sobre o modelo de desenvolvimento que desejam para o país.
Este encarte trata do tema das águas, ilustrando como a sua defesa constitui um argumento central para proteger territórios e restringir ou proibir a expansão do setor mineral. Na proteção das
nascentes, cachoeiras, rios e aquíferos mora um importante eixo aglutinador de lutas sociais. Isto revela a importância das águas para a produção de alimentos, para a defesa da sociobiodiversidade,
para o turismo ecológico e outras atividades que sustentam a vida em comunidade e que estão frontalmente ameaçadas pela instalação de empreendimentos minerários, seja pelo seu caráter contaminante das águas, seja pela demanda hídrica intensiva que ameaça o abastecimento local.
Mudar para que nada mude. Zero emissões líquidas não é zero
O termo “emissões líquidas zero” – “net zero”, em inglês – está presente nos discursos e propostas nacionais e internacionais de redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) para o enfrentamento das mudanças climáticas. Durante as últimas Conferências
das Partes (COPs) sobre clima, a expressão net zero apareceu com frequência na mídia. Muitas corporações internacionais têm divulgado a adoção.de metas de emissões líquidas zero. No entanto, esse é um conceito ainda pouco explicado e discutido no Brasil por movimentos e organizações da sociedade civil.
Ralos e gargalos das outorgas: uma análise sobre a captura das águas pelo agronegócio irrigado e pela mineração
Desde 1961, a FASE atua no fortalecimento de grupos sociais para a garantia de direitos, da democracia e da justiça ambiental. Atualmente, está presente em seis estados, já tendo impactado cerca de 3,7 milhões de pessoas ao longo da nossa trajetória.
No tema das águas, a FASE é reconhecida pela presença histórica na luta pela universalização do acesso ao saneamento como um componente do direito à cidade, compreendendo enquanto “saneamento” o conjunto de serviços e bens de provisão de água, tratamento de esgoto, drenagem e destinação adequada de resíduos sólidos. Nessa agenda, denunciamos o escândalo que é viver = em um país rico em água e com capacidade instalada para atender à crescente demanda social por direitos e cidadania, mas com parcelas tão significativas da população totalmente excluídas das redes de acesso à água encanada e vivendo em condições insalubres de dejetos a céu aberto.
Nas últimas décadas, o cenário de crescente privatização, de estresse hídrico e de ecocídio das águas, vem nos desafiando a complexificar nossa abordagem. Por um lado, a privatização das empresas estaduais ou a concessão a operadoras privadas vem aprofundando as desigualdades no que diz respeito ao acesso, à cobertura e à qualidade do serviço de provisão de água potável e tratamento de esgoto oferecidos à população que vive nas favelas, quebradas e periferias das cidades.
Carta Política da Rede Alerta Contra os Desertos Verdes
Quilombolas, pescadores, trabalhadores rurais sem terra, pesquisadores, anarquistas, ativistas, defensores de direitos humanos e da natureza, cineastas do ES, BA, RJ, RS, MSestivemos reunidos nos dias 16 e 17 de Setembro de 2023 em São Mateus/ES, para o Encontro da Rede alerta contra os Desertos Verdes.
Visitando uma das muitas retomadas quilombolas no Sapê do Norte, vimos, ouvimos e sentimos a força da vida que rebrotou em Angelim 2, território tradicional invadido há mais de 5 décadas por monocultivo de eucalipto e reivindicada pela comunidade. A retomada tem moradias, plantios, alimentos, criações, energia, crianças, horizontes necessários para que as famílias possam viver e se reproduzir ali. Vivem em conflito com a Suzano, que ainda na ditadura militar, expulsou muitas famílias da região (na época era Aracruz Celulose),destruiu toda sua condição de vida e que ainda hoje persegue a comunidade com seguranças armados, com cachorros e drones; quebra acordos de projetos e de recuos; impõe PDRTs (Programas de Desenvolvimento Rural e Territorial) limitantes; contaminam e secam rios e córregos deixando o território sem água e as comunidades dependentes de caminhões reservatório de água (carro-pipa) para sobreviverem. Em crítica e pressão sobre
os governos que até hoje não titularam nenhum território quilombola no Sapê do Norte, não executaram políticas públicas suficientes e adequadas e se submetem ao poder corporativo
da empresa (como fica evidente na Mesa de Resolução de Conflitos coordenada pela Secretaria Estadual de DHs), famílias quilombolas do Sapê do Norte se organizam e
retomam seus territórios por direito!