10/12/2010 12:45

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O trabalho de assessoria técnica feito pela FASE Bahia com os jovens e mulheres AMAs, nesta segunda etapa, estabeleceu como prioridade o apoio aos Núcleos Produtivos já implantados. Este apoio se concretiza nas atividades do percurso formativo, como as Oficinas Modulares; Oficinas Temáticas; e Laboratórios; cujos conteúdos procuram atender demandas diagnosticadas nas próprias comunidades, durante as visitas de assessoria técnica feitas pela FASE, e também, através do acompanhamento feito pelos AMAs, às famílias agricultoras.

A FASE já tinha planejado dedicar parte significativa de seus esforços durante a execução do AMAs II, para ampliar as oportunidades de agroindustrialização, e de agregação de valor à produção dos AMAs, porque esta foi uma questão identificada e debatida ainda durante o processo de avaliação coletiva da trajetória percorrida em 2008 e 2009, durante a execução da primeira etapa do Projeto AMAs.

No Território de Identidade do Médio Rio de Contas, onde atua o técnico agropecuário Maciel Barbosa, vários AMAs optaram por Núcleos Produtivos de fruticultura, cujos investimentos contemplavam tanto a instalação de pomares com mudas de plantas frutíferas selecionadas, como a aquisição de maquinário para o processamento e fabricação de polpas de frutas.

Na comunidade da Batateira, localizada no município de Teolândia, reside e trabalha a AMA Maria Zilda, cujo Núcleo Produtivo de fruticultura já está funcionando, produzindo polpas de diversas frutas.

A presença da FASE na comunidade, através da Equipe Técnica e da Coordenação Estadual, quando da realização de visitas, tem proporcionado uma evolução muito boa no desempenho dos Núcleos Produtivos desses AMAs. Com a assessoria técnica da FASE, junto com a comunidade, construiu-se um projeto de venda de parte da produção de agricultores familiares para o PNAE – Programa Nacional da Merenda Escolar, cumprindo na prática o que estabelece a Lei 11.947/09. Esta lei, conquistada depois de muita luta que envolveu diversos movimentos sociais e entidades representativas da Agricultura Familiar, determina que as prefeituras devem canalizar pelo menos 30% do valor a ser gasto com a merenda escolar, para a compra direta de produtos da Agricultura Familiar.

A experiência dos AMAs e das demais famílias de agricultores da Batateira demonstra que é possível agregar valor à produção, e aumentar a renda obtida na atividade produtiva. Percebe-se também que quando as famílias se organizam, é possível colocar em prática aspectos da legislação que favorecem a Agricultura Familiar. Com isto, aumenta a consciência sobre a segurança alimentar, e fortalece-se a solidariedade entre as famílias.