20/09/2010 11:37

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No Litoral Norte, a FASE está atuando em Alagoinhas; Inhambupe; Catú; Aramarí e Aporá, com os técnicos agropecuários Flávio Trindade e Francisvaldo Silva, que juntamente com o Articulador Territorial Luciano Oliveira, organizaram o Laboratório realizado no mês de setembro. A administradora Diane Oliveira, integrante da Coordenação Estadual do Projeto AMAs II também esteve presente, acompanhando os trabalhos.

Neste Laboratório, jovens e mulheres agricultores familiares que atuam como AMAs puderam aprofundar conhecimentos que já vêm sendo abordados nas Oficinas Modulares e Temáticas, bem como nas visitas de assessoria técnica feitas às suas propriedades. A característica central dos laboratórios é permitir a observação concreta, de casos de aplicação prática dos conhecimentos teóricos construídos ao longo do percurso formativo trilhado pelos AMAs. E a FASE Bahia procura realizar esses Laboratórios nas condições mais parecidas possíveis com as vigentes nas comunidades e propriedades familiares dos jovens e das mulheres que vêm atuando como Agentes Multiplicadores de ATER.

No caso específico dos municípios situados no Litoral Norte, inseridos no Bioma da Mata Atlântica, verifica-se o avanço das monoculturas (eucalipto); minifundiarização das propriedades familiares; dependência da maioria dos agricultores em relação a um número diminuto de lavouras. Mas a agricultura familiar do Litoral Norte tem também trabalhado alternativas que podem vir a se fortalecer ainda mais, como é o caso da apicultura, da horticultura e da avicultura. Estas 3 modalidades de produção podem ser realizadas com sucesso em áreas de terra relativamente pequenas, desde que baseadas em métodos sustentáveis, e com assessoria técnica periódica e de qualidade.

No 1º dia do Laboratório, os AMAs conheceram uma horta comunitária em Volta de Cima, povoado localizado em Inhambupe. Foi o Articulador Territorial Luciano, que também é dirigente sindical, quem fez as explicações sobre a história e os objetivos desta experiência de produção coletiva de alimentos. Trata-se de uma exploração já com um certo grau de tecnificação, pois utiliza irrigação, faz consorciamento de espécies cultivadas, fabrica e usa compostos orgânicos. Agricultores responsáveis pela horta também dialogaram com os AMAs sobre sua experiência produtiva e os desafios enfrentados na comercialização da produção. Em seguida os AMAs foram conhecer uma experiência de avicultura, pois vários AMAs optaram por Núcleos Produtivos desta modalidade. Foi um momento propício ao entendimento de como funciona uma granja, quais os cuidados mais essenciais para se evitar doenças e garantir alimentação adequada às aves.

O segundo dia do Laboratório foi dedicado à apicultura, que é uma das atividades alternativas que vêm sendo trabalhadas por agricultores familiares da região. Os AMAs puderam conhecer a parte de campo, observando a instalação e disposição das caixas de mel; quais os cuidados a serem tomados para garantir a alimentação natural das abelhas, aproveitando plantas nativas da própria região e como se faz a colheita do mel e demais produtos de uma colméia, como a cera, por exemplo.

E como uma das prioridades da FASE, neste segundo ano de execução do projeto AMAs, é a agroindustrialização, entendida como passo necessário para agregação de valor à produção agrícola familiar, os AMAs foram conhecer a Casa do Mel, local onde se fazem as etapas de beneficiamento do mel, acondicionamento, rotulagem, e armazenamento.