08/09/2010 11:59
Uma das maneiras mais eficazes de socializar conhecimentos construídos pelos próprios agricultores em suas relações com a assessoria técnica tem sido através da criação de condições para que experiências concretas sejam visitadas e analisadas por outros agricultores que vivem e trabalham em condições similares. É uma metodologia de trabalho conhecida como “de agricultor para agricultor”.
Foi por isso que a FASE Bahia, organizou uma atividade de intercâmbio, em que agricultores familiares foram visitar a experiência da AMA Zuleide do Nascimento Souza, residente na Comunidade de Saco do Moura, no município de Serrinha, que fica na região sisaleira.
Lá, a assessoria técnica da FASE vem sendo conduzida pela técnica agropecuária Andréa Almeida. Nesta atividade prática que contou com a participação dos diretores do STR de Serrinha, Vladson, e Antonio, as pessoas presentes puderam acompanhar de perto os procedimentos necessários à preparação de canteiros para posterior plantio de hortaliças, o que foi feito na propriedade da AMA Maristela Freitas.
Depois, as famílias que se interessarem poderão aplicar essas práticas em suas respectivas propriedades. Após o trabalho de construção de canteiros, as pessoas foram conhecer a horta já em produção, da AMA Zuleide que foi quem explicou a rotina de trabalho adotada e quais os resultados alcançados, tanto em termos de segurança alimentar para ela e sua família, como em termos de acesso à renda com a venda do excedente.
Esta foi uma atividade formativa realizada em condições de campo, ou seja, a experiência visitada vem sendo construída em condições bastante parecidas com aquelas em que as outras famílias vivem e trabalham, portanto, a reaplicação dos conhecimentos socializados é bem mais viável. Também se procurou fazer a relação entre esta atividade prática e o conteúdo trabalhado nas Oficinas Modulares, e nas Oficinas Temáticas, porque caso um número expressivo de famílias de uma mesma comunidade passe a produzir hortaliças, essas famílias vão ter de pesquisar e encontrar alternativas de comercialização como o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos; e o PNAE – Programa Nacional de Alimentação escolar, para escoar sua produção.