24/06/2010 22:36

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Integrantes da coordenação estadual do projeto AMAs II realizam visitas periódicas aos municípios e comunidades integrados ao projeto e um novo ciclo de visitas vem sendo feito neste mês de junho.

No Território do Sisal, a visita concentrou-se nos municípios de Araci e São Domingos que ainda não tinham sido devidamente monitorados na etapa anterior. Dirigentes sindicais, ativistas comunitários, jovens e mulheres AMAs, agricultores e agricultoras familiares alcançados pela intervenção educativa da Fase puderam conhecer e conversar com integrantes da equipe técnica e da coordenação estadual que se deslocaram pelos municípios e comunidades no período de 31 de maio a 09 de julho.

Durante as visitas, acontecem vários tipos de reuniões, desde aquelas mais formais, com a presença de várias instâncias participantes do projeto, até aquelas mais simples, realizadas nas casas dos jovens e mulheres AMAs, com a participação de pessoas da comunidade. São momentos propícios para a prestação de esclarecimentos sobre o projeto, relembrando as diferentes responsabilidades e atribuições de cada parceiro para o alcance dos resultados esperados. Estas visitas são também momentos de avaliação dos passos dados, de monitoramento da execução de encaminhamentos previamente decididos. Quando os integrantes da coordenação estadual se dirigem às comunidades, juntamente com o técnico responsável, observam os núcleos produtivos dos jovens e das mulheres AMAs, colaborando na identificação de problemas e contribuindo na definição de procedimentos para superar eventuais problemas detectados.

Neste mês de junho registrou-se a chegada de um novo técnico da Fase para atuar no Sisal, nos municípios de Valente e São Domingos. Trata-se de José Francisco de Carvalho de Oliveira que veio substituir Lázaro Araújo de Oliveira.

No que se refere aos núcleos produtivos dos jovens e mulheres AMAs, esta visita da coordenação estadual permitiu aprofundar alguns aspectos importantes que já tinham sido diagnosticados anteriormente. Trata-se da recuperação dos núcleos com problemas, e do incremento na produtividade dos núcleos que já estão funcionando. Foram debatidas propostas de soluções práticas e viáveis, e de possível implementação pelos próprios AMAs, como por exemplo: produção de bancos de proteínas, no caso das experiências de caprino-ovinocultura; podas das fruteiras para quem implantou núcleos de fruticultura; aquisição de aves para recompor plantéis e adoção de práticas adequadas de manejo para quem está conduzindo núcleos de avicultura.

Para os núcleos com melhor produção, foram encaminhados modelos de ampliações das instalações, inclusive prevendo beneficiamento da produção. No que se refere à comercialização, enfatizou-se a necessidade de os AMAs providenciarem seus respectivos Blocos de Notas do Agricultor Individual, tema que já foi trabalhado nos eventos de formação.

A necessidade da diversificação da produção foi lembrada, tanto para reforçar a busca da segurança e da soberania alimentar das famílias, como para colocar em prática os princípios de transição agroecológica adotados pela Fase nesta intervenção educativa. No caso concreto do Sisal, foram mencionadas atividades complementares ao objetivo principal de cada núcleo produtivo, bem como a utilização de resíduos na produção de hortas comunitárias. A Fase também trabalhou estes assuntos quando da realização das Oficinas Temáticas nas Comunidades.

Outro papel importante da visita da coordenação estadual foi o de propiciar a troca de experiências entre AMAs, agricultores e agricultoras assistidos. O conhecimento adquirido durante esse período de assessoria técnica direta nas comunidades permite construir propostas de soluções para problemas comuns, como por exemplo: modelos de ampliação para aviários; podas de determinadas fruteiras; modelos de chocadeira para aves; elaboração e aplicação de remédios alternativos para determinadas doenças nos animais; etc. O saber popular traz informações importantes para técnicos com sensibilidade para interagir e depois socializar este aprendizado com outras famílias agricultoras.

As visitas da coordenação estadual também propiciam oportunidade para identificação de novas demandas para cursos de formação, como processamento de frutas, ou para aprofundamento de temas anteriormente trabalhados pela Fase, como são os passos necessários à obtenção do Bloco de Notas por parte do agricultor; e as diferentes modalidades e condições de acesso ao PAA e PNAE.