28/09/2007 17:30
Como noticiamos na edição passada, os movimentos sociais urbanos vão realizar nos dias 1 e 2 de outubro uma nova Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Urbana. Serão protestos de rua em todo o país. E em Brasília, uma comissão de lideranças dos movimentos e do Fórum Nacional de Reforma Urbana vai visitar ministérios, o Congresso Nacional, o Poder Judiciário e a Presidência da República. Tudo para pressionar os poderes constituídos a ter mais atenção com questões que afligem milhões nas cidades brasileiras atualmente. Coisas como um déficit habitacional de mais de 7 milhões de residências enquanto 5 milhões imóveis estão ociosos, segundo o IBGE. Ou o fato de que um terço das residências no país são consideradas inadequadas. Ou ainda o fato de que metade da população não é atendida por sistema de esgoto.
A fim de entender o momento político, o Fase Notícias buscou apresentar aos leitores um pouco sobre estes movimentos sociais das cidades. Do discurso dos quatro principais movimentos, depreende-se uma agenda de políticas públicas e demandas que nos apresentam a dimensão dos problemas em torno dos quais eles se organizam. São eles: Central de Movimentos Populares (CMP), Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e União Nacional por Moradia Popular (UNMP).
Regina Ferreira é assessora da FASE, no programa nacional Direito à Cidade, e trabalha diretamente com estes movimentos sociais urbanos. Este trabalho ocorre pelo fato de que eles participam do Fórum Nacional de Reforma Urbana, entidade da qual a FASE é secretaria executiva. “Os quatro grandes movimentos sociais urbanos brasileiros mostram que a parte mais excluída da nossa sociedade está organizada. Eles se constituem como sujeito político. Estão presentes em mais de 20 estados e lutam por cidades mais justas, onde todos tenham direito à moradia, mas mais do que isso, onde todos possam de fato ser cidadãos e cidadãs deste país. Onde todos tenham direito à cidade”, afirma ela.
