Alcindo Batista ¹
O projeto “Agroecologia integrando Campo e Cidades” concedeu o certificado de produção orgânica no mês de abril para agricultores familiares assessorados pelo programa da FASE na Bahia. Esta é um iniciativa da FASE, em parceria com a Rede de Agroecologia Povos da Mata, que visa certificar a autenticidade dos alimentos contribuindo para sua comercialização. Ação também tem o apoio do Instituto Ibirapitanga e ao todo, sete agricultores e agricultoras foram contemplados.
O processo para o reconhecimento começou em 2019, com a criação do grupo Rosa Maria. Depois, foram cumpridas uma série de etapas previstas pela rede de agroecologia, como a assinatura de um termo de adesão, a realização de reunião de Grupo e de Núcleo e visita entre os territórios. Por último, um comitê da organização realizou visita técnica aos agricultores familiares e deu o parecer que determinou ou não o direito ao selo do certificado orgânico.
“Para nós a sensação é de dever cumprido”, diz Elane Rocha, educadora da FASE Bahia. A formalização do selo significa o surgimento de uma outra demanda, a de comercialização da produção livre de agrotóxicos. “A possibilidade da certificação orgânica veio coroar o nosso trabalho. Com ele, podemos obter melhores resultados financeiros e, principalmente, a certeza de proteger o meio ambiente, fornecendo alimentos saudáveis para a população, garantindo assim o bem estar e equilíbrio”, conta Haroldo Monteiro Fonte Deiró, da cidade de Mutuípe, um dos contemplados pelo projeto.
Interesse pela agroecologia em polo petroquímico
Haroldo conta ainda que o seu interesse em preservar o meio ambiente começou na época em que ele trabalhava no polo petroquímico de Camaçari, onde foi encarregado de preparar a fábrica em que atuava para receber a certificação ISSO 9000 de práticas que levam a uma gestão de qualidade. Quando se aposentou, ele pôde então colocar em prática os ensinamentos que foram adquiridos com a compra de uma propriedade rural em Mutuípe. “Ao longo de 24 anos venho aprendendo e pondo em prática como lidar sustentavelmente com a terra, não usando nenhum produto que possa agredir o meio ambiente”, conta.
O produtor explica que vem se preparando junto aos demais agricultores familiares que receberam o selo. “Nos associamos ao Povos da Mata, ao Núcleo Pratigi e ao pré-Núcleo Recôncavo”.
Transição agroecológica
A transição agroecológica é uma das estratégias usadas pela FASE nos seus territórios de atuação. Trata-se de uma agricultura mais limpa, com o uso gradativamente menor de agrotóxicos com o passar do tempo. A certificação orgânica é o documento que comprova que a produção do agricultor familiar está totalmente limpa de insumos químicos e sintéticos.
[1] Estagiário, sob supervisão de Cláudio Nogueira
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