07/11/2011 21:41
A FASE entende que o fortalecimento da Agricultura Familiar passa pela inclusão social e política de jovens e mulheres AMAs e depende também da ampliação de sua inserção econômica. Por isso, no que se refere à melhoria da capacidade produtiva da Agricultura Familiar, a FASE vem trabalhando para qualificar a gestão das propriedades. Isto é feito a partir de diferentes instrumentos pedagógicos e com material didático diversificado, sempre de maneira combinada com os trabalhos de assessoria técnica.
Uma das ferramentas utilizadas para a construção e socialização de conhecimentos é a realização de Oficinas Temáticas nas Comunidades. Trata-se de eventos em sintonia com o percurso formativo que é trilhado pelos jovens e mulheres que atuam como AMAs nesta iniciativa da FASE e de seus parceiros.
O processo participativo de construção coletiva de conhecimentos objetiva permitir aos agricultores optarem, de maneira soberana e plenamente informada, pela adoção de novas alternativas de produção, embasadas em princípios agroecológicos. Portanto, não pode ser reduzido à mera difusão de instruções sobre determinadas técnicas elaboradas fora do contexto em que vivem e trabalham. Este é um processo que busca também demonstrar a interconexão entre os aspectos da produção, do beneficiamento e agroindustrialização, com o acesso a políticas públicas e programas governamentais. Estes são momentos de reflexão em que jovens e mulheres AMAs, juntamente com a equipe técnica e a coordenação da FASE, analisam erros e acertos identificados na adoção de certos procedimentos. As oficinas permitem o afloramento de situações concretas em que se vislumbram, com maior nitidez, a importância da organização comunitária e sindical para viabilizar o acesso a direitos que já estão consagrados na legislação, mas que permanecem inacessíveis devido à falta de vontade política ou incompetência de instâncias locais e regionais de governos.
Alguns exemplos merecem ser mencionados. Em Ubaíra, o técnico da FASE José Henrique, juntamente com AMAs e dirigentes sindicais, identificaram problemas com a comercialização da produção familiar e estão encaminhando ações para a criação e funcionamento de uma feira itinerante. Uma primeira tentativa já esta agendada para os dias 28 e 29 de outubro. Foram feitos ofícios para a prefeitura, reivindicando as barracas. AMAs sugeriam a extensão dos convites para o Assentamento Força Jovem e as Associações do Riacho de Areia e do Boqueirão do Tabuleiro.
Outros exemplos de Oficinas Temáticas que vêm se realizando nos meses de setembro e outubro, foram as de Clonagem de Cacaueiros, em Ubaíra; e a dedicada ao entendimento das normas e procedimentos necessários à inclusão de agricultores familiares no SimBahia Rural, esta realizada na Comunidade de Velinhas, município de Jiquiriçá.