25/04/2009 12:56

AMAs_sobre_biofertilizantes_AlagoinhasTécnicos da FASE vem disseminando informações e promovendo atividades de construção de conhecimentos em agroecologia com jovens e mulheres que atuam como AMAs (Agentes Multiplicadores de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural) em dezenas de comunidades de agricultores familiares da Bahia.

Um dos pontos mais importantes neste trabalho é debater com agricultores familiares quais são as melhores alternativas para produzir seus insumos localmente, utilizando recursos renováveis encontrados na própria comunidade ou na propriedade familiar. Uma possibilidade que vem sendo aplicada na prática, e com sucesso, é a produção local de biofertilizante, pois é uma técnica que permite evitar a dependência econômica gerada com a aquisição de adubos químicos, além de contribuir para a progressiva mudança de práticas agrícolas insustentáveis, rumo a uma agricultura que quer conviver com os biomas, construindo agroecossistemas mais sustentáveis.

Em uma das comunidades alcançadas pela intervenção da FASE no Litoral Norte, no município de Alagoinhas, foi feita uma atividade para construir conhecimentos sobre a confecção e aplicação de biofertilizantes nas culturas. Esta atividade contou com a presença e participação do presidente do SINTRAF / Alagoinhas, o Srº João Batista de Lima, e foi realizada com as AMAs Liliane Santos e Denilza Lima que junto com famílias da comunidade investigaram os recursos naturais existentes na propriedade que poderiam ser utilizados para a elaboração do biofertilizante.

Com este exercício, foram providenciados recursos localmente disponíveis como: esterco verde de boi, casca de banana, melancias estragadas, cinza de fornos de casas de farinha e de fogões domésticos, água de mandioca (manipuera), frutos de abacate estragados e que não são passíveis de comercialização. Este material orgânico foi reciclado e utilizado na confecção do biofertilizante que depois era aplicado em outras culturas.

Nesta mesma atividade, a equipe técnica da FASE demonstrou quais os passos necessários à fabricação de inseticidas naturais, na propriedade e com o maior número possível de recursos locais. Como exercício prático, as pessoas presentes fizeram “calda de fumo”, utilizando os seguintes ingredientes: fumo, sabão de coco, e álcool.

A avaliação feita com os participantes revelou que a grande maioria gostou da atividade, e foram feitas sugestões de outros momentos para o desenvolvimento destas práticas agroecológicas.

Este tipo de ação só é possível graças à boa atuação das AMAs que vêm sempre estimulando as famílias, através das visitas de acompanhamento, aliadas à presença do técnico da FASE na comunidade.