16/06/2010 23:03
Através da atuação da FASE, um número crescente de jovens e mulheres que atuam como Agentes Multiplicadores de ATER – AMAs, vêm tendo acesso a informações e estão construindo coletivamente conhecimentos sobre como acessar políticas públicas fundamentais para o fortalecimento da Agricultura Familiar.
A FASE vem enfatizando políticas públicas que ampliam o leque de alternativas de comercialização, como é o caso do PAA – Programa de Aquisição de Alimentos; e do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar. Neste caso, o que se quer é ocupar os espaços criados com as modificações conquistadas através da aprovação da Lei 11.947/09 que determina às prefeituras municipais e aos governos estaduais que adquiram, diretamente da agricultura familiar, pelo menos 30% das compras destinadas à merenda escolar.
Na sua intervenção educativa, a FASE vem procurando esclarecer que a agricultura familiar só vai poder ampliar o acesso a políticas públicas caso suas organizações de base, as associações e sindicatos, estejam fortalecidas e funcionando com intensa participação de jovens e mulheres.Mas a FASE e seus técnicos também estão preocupados com a ampliação do acesso a linhas de crédito que promovam maior inclusão social e econômica de jovens e de mulheres.
Um bom exemplo vem acontecendo no Território do Médio Rio de Contas, onde no município de Ibirapitanga, na comunidade de Oricó, a AMA Márcia da Silva Santos está construindo instalações adequadas para fazer o processamento de polpa de frutas. Márcia implantou um Núcleo Produtivo de fruticultura com a assessoria técnica da FASE e agora, com o desenvolvimento de seu pomar, e com a retomada da assessoria técnica na segunda etapa do Projeto AMAs, acessou a linha de crédito do PRONAF Mulher para viabilizar a construção das instalações necessárias para fazer o processamento das frutas, preparar e armazenar suas polpas para comercializar posteriormente.
Nesta mesma comunidade do Oricó, o técnico da FASE, Maciel Barbosa, vem realizando ações de assessoria para outras famílias que estão ampliando seus plantios de frutas como a graviola. Percebe-se, portanto, que um Núcleo Produtivo bem instalado e conduzido com dedicação por parte do jovem ou da mulher AMA, tem a capacidade de provocar um efeito demonstrativo que estimula outras famílias da comunidade a adotarem novos sistemas de produção baseados em princípios agroecológicos.