14/10/2011 21:49

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A FASE Bahia também está atuando no Litoral Norte onde propõe e implementa práticas que resultam em mudanças gradativas na qualidade de vida de jovens e mulheres que atuam como AMAs.

A assessoria técnica da FASE, juntamente com a coordenação estadual do projeto, vem cumprindo o cronograma de visitas e de realização das reuniões de monitoramento e gestão. Estes eventos, além de cumprirem seu papel de viabilizar o acompanhamento do conjunto das ações da FASE no Território, permitem que novas idéias, críticas, e sugestões aflorem, partindo da situação realmente vivenciada pelos jovens e mulheres AMAs em suas comunidades.

Conforme já noticiamos, o Litoral Norte é uma região onde a imensa maioria das propriedades familiares tem muita pouca terra disponível. Por isso, existe uma demanda por alternativas. A FASE sempre apoiou a reforma agrária e teve participação ativa na organização e realização da Campanha pelo Limite da Terra e do Plebiscito pela Aprovação da Emenda Constitucional que Limita o Tamanho Máximo da Propriedade. A situação de concentração fundiária é muito grave no Brasil. Na Bahia são milhares os agricultores familiares confinados em minifúndios. Por isso, existe interesse e demanda pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).

Integrantes da Equipe Técnica da FASE que atuam no Sisal e em outros Territórios, bem como pessoas da coordenação, participaram de evento de formação sobre o PNCF, organizado pela FETRAF Bahia e pelo MDA, em Feira de Santana, em 23 e 24 de setembro. Com esta capacitação, a Equipe Técnica da FASE estará apta a prestar esclarecimentos e indicar procedimentos para grupos de agricultores familiares interessados em acessar o PNCF.

Outra alternativa que a assessoria técnica da FASE vem buscando no Litoral Norte é a agregação de valor à produção. Vários AMAs produzem mandioca e seus derivados, enquanto outros já estão conseguindo ter excedentes de ovos e de galinhas para comercializar. A FASE vem procurando facilitar o acesso a conhecimentos sobre a elaboração de rações com ingredientes existentes nas propriedades familiares, o que evita gastos monetários e, consequentemente, eleva a renda das famílias que se dedicam à avicultura. Busca-se, também, socializar conhecimentos com AMAs interessados em produzir doces, bolos ou outros tipos de alimentos (mingaus, beiju, biscoitos) utilizando ingredientes que estas famílias produzem (ovos, mandioca, temperos, frutas, mel de abelhas).

O técnico agropecuário da FASE Flávio Trindade, vem assessorando algumas famílias para que consigam acessar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O tema do Bloco de Notas do Produtor Rural foi trabalhado durante as Oficinas Modulares, pois quando agricultores familiares têm acesso a este documento, aumentam consideravelmente suas chances de acessar mercados institucionais para comercializarem sua produção, como é o caso do Panae.