25/04/2009 12:53

silagem1Os 16 integrantes da Equipe Técnica da FASE, responsáveis pelo trabalho de assessoria aos 262 jovens e mulheres AMAs– Agentes Multiplicadores de ATER (Assistência Técina e Extensão Rural) envolvidos no Projeto, procuram identificar demandas ou temas que respondam às situações concretas identificadas nas propriedades agrícolas familiares visitadas, ou que sejam do interesse do maior número possível das famílias que residem nas comunidades dos AMA’s.

Esse processo de observação da problemática encontrada, e de diálogo com jovens e mulheres AMAs, e com parte das famílias residentes na comunidade é essencial, pois é absolutamente impossível garantir a presença de integrantes da equipe técnica em cada uma das 3.930 propriedades familiares alcançadas pelo projeto.

A metodologia dos AMA, como expressa em sua própria denominação, prevê um primeiro nível de assessoria, direta, em que integrantes da equipe técnica da FASE (os 16 técnicos e técnicas agropecuários) visitam e prestam assessoria nas propriedades dos AMAs. Estes jovens e mulheres que atuam como AMAs, cumpriram um percurso formativo que entre outros conteúdos, abordou princípios agroecológicos na produção e gestão. Portanto, a assessoria direta na propriedade dos AMAs é algo indissociável das atividades de formação protagonizadas pela FASE através deste projeto. O segundo nível de assessoria técnica se dá quando esses jovens e mulheres realizam as visitas de acompanhamento às 15 famílias de sua própria comunidade, que cada um tem sob sua responsabilidade. Quando os AMAs recebem demandas específicas, ou identificam situações complexas, tratam deste contexto com os integrantes da equipe técnica e, em conjunto, se desenha uma intervenção específica que possa enfrentar a situação problema detectada.

Tal é o caso verificado no Litoral Norte, onde várias famílias manifestaram interesse em construir reservas de alimentos para seus animais. Identificou-se que a silagem seria uma alternativa adequada, pois existem insumos locais suficientes capazes de gerar uma volumosa produção na época das chuvas (capim, cana de açúcar, palma forrageira). A equipe técnica da FASE debateu formas de se intensificar essa produção, e abordou técnicas indicadas para conservar esses alimentos por mais tempo (a silagem), de maneira a poder ofertar forragem para as criações, inclusive no período de estiagem, quando é praticamente impossível produzir sem irrigação.

Esta formação e assessoria sobre silagem realizou-se nas comunidades de Tamanduá e Canto do Saco que ficam no município de Aporá, com a presença dos AMAs Manoel Alves de Souza e Iranildes Reis da Silva; e de Ademilson da Silva Oliveira, da Comunidade Mangabeira. Nesta região, agricultores familiares tem pequenas criações de ovinos, caprinos e gado bovino. Vários outros jovens e moradores das redondezas participaram dos trabalhos.