02/02/2023 16:23

*Júlia Motta

Durante os dias 31 de Janeiro e 1° de Fevereiro, os administradores dos seis territórios da FASE se encontraram no Rio de Janeiro para debater o trabalho de cada unidade, promover a integração, discutir as vitórias e os desafios e planejar os próximos anos da equipe administrativa. A reunião contou com blocos de estudo sobre os processos da administração e dinâmicas para troca de experiências.

Segundo Márcia Brito, gerente administrativa, o principal objetivo do Encontro da Unidade Administrativa foi fazer com que as equipes das unidades se reconhecessem como um só grupo, unificando os processos de trabalho. No primeiro dia da reunião, ela ressaltou a importância dessa padronização tanto para melhorar os projetos desenvolvidos nos territórios, quanto para melhorar a relação com os patrocinadores. “Nós temos o objetivo de aprendizado, mas a ideia também é sair daqui com alguns instrumentos e processos definidos”, afirma.

 

Trocas presenciais 

Outro grande propósito do encontro foi proporcionar a troca de experiências entre as regionais. Esse ponto foi crucial para muitos administradores. “Esse momento é muito importante porque a gente aproveita para trocar conhecimento, ideias, compartilhar e aprender mais”, diz Joelma Cunha, integrante da equipe de administração da FASE Bahia. “Melhora nosso trabalho porque a gente vê que a nossa dificuldade numa regional é a mesma que outra, e a gente vai discutindo e encontrando formas de resolver. Esse contato presencial é muito útil”, conclui.

“Se eu precisar, eu já tenho um ciclo de amizade com aquela pessoa que eu encontrei aqui, que vai poder me ajudar. Eu vou ligar pra ela e ter a certeza que essa pessoa vai fazer o máximo possível para me ajudar”, pontua Francisca Taiane, da FASE Amazônia, unidade Santarém. “A experiência de estar encontrando presencialmente cada um é entrelaçar o ciclo para quando um precisar, possa recorrer àquela pessoa”, acrescenta.

 

A grandeza da administração

Ao longo do encontro, questões como a especificidade de cada regional, bullying e machismo, a necessidade de mais momentos de troca e também de conhecimento local entre as unidades, além de inovação tecnológica, foram levantadas e debatidas. Nesse processo, os depoimentos reforçaram o trabalho essencial da parte administrativa da FASE para além do financeiro.

Maria Antônia Santos, que atua no Fundo DEMA, destacou: “A gente se sente importante porque não só fazemos os projetos chegarem, mas também participamos da formação no antes e depois”, justifica. “Por exemplo, para o projeto de uma organização lá do interior chegar, ela participa do edital e passa por um processo de formação para elaboração, e aí depois passa para execução desse projeto. Então nós da administração temos um papel fundamental no produto final”, reconhece.

 

Expectativas para o futuro

Apesar de desafios como a distância e complexidade dos territórios, os administradores se esforçam para continuar realizando com maestria o trabalho da FASE, porque acreditam no que fazem. Durante o “cochicho”, momento de troca entre administradores de diferentes unidades para discutir a pergunta “como eu me sinto fazendo parte desta equipe?”, as palavras “importante”, “essencial”, “útil” e “fundamental” apareceram na maioria das respostas.

“É um privilégio trabalhar numa organização como a FASE, porque tem essa capacidade de estar presente naquelas áreas sociais mais vulneráveis. São quilombolas, indígenas, mulheres em situação de violência assistidas pela FASE. Um privilégio participar dessa organização que tem esse compromisso social”, relata Silvana Maria Carvalho, da FASE Amazônia, unidade Pará. 

Maria Antônia, que havia saído da FASE, diz que voltou por causa do alcance dos projetos da organização. “Por exemplo, os projetos do Fundo DEMA chegam nos lugares onde ninguém chega”, orgulha-se. A expectativa dos administradores ao final do encontro é que saiam com alinhamento dos procedimentos internos, maior integração entre as equipes e soluções para os problemas específicos encontrados em cada regional. 

 

*Júlia Motta é estagiária de comunicação da FASE