30/08/2010 15:11

Uesc1

O Departamento de Economia da UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz, programou e realizou uma atividade em comemoração ao Dia do Economista, em 26/08/10, para a qual a FASE Bahia foi convidada para palestrar sobre a Campanha “Por um limite da terra”, e sobre a realização do Plebiscito Popular.

O evento foi presenciado por alunos, professores e funcionários não só do curso de Economia mas, também, de alguns outros cursos da UESC. Durante os trabalhos, a FASE e outros parceiros que também estão organizando a Campanha e o Plebiscito em Itabuna e região, como a PJ – Pastoral da Juventude; a Comissão de Mulheres de Itabuna; a Cáritas Ilhéus; e o DCE da UESC, entre outras, puderam distribuir material didático e de esclarecimento sobre a Campanha e o Plebiscito, além de coletarem dezenas de assinaturas para o abaixo assinado em apoio à Proposta de Emenda Constitucional que estabelece um limite máximo para o tamanho da propriedade da terra.

A FASE fez uma exposição abordando a estrutura fundiária existente no Brasil, demonstrando sua profunda injustiça, pois existem centenas de milhares de propriedades fundiárias com área inferior ao tamanho mínimo previsto na legislação, ou seja, são minifúndios cujo tamanho é tão pequeno que praticamente inviabiliza a sobrevivência das famílias agricultoras. Em situação oposta tem-se os latifúndios, ou seja, imóveis com enormetamanho, cuja extensão em hectares é centenas de vezes superior ao que seria considerado como razoável. A FASE tentou alertar aos participantes que esta estrutura fundiária injusta não acontece por acaso, pois tem suas raízes em nossa história colonial, e na vigência da exploração do trabalho escravo que vigorou no Brasil por mais de 300 anos. Enfatizou-se que este modelo de desenvolvimento centrado nas grandes propriedades baseadas no trabalho escravo, e produzindo monoculturas para exportação, ainda se mantém em vários aspectos, como o descaso pelo meio ambiente, o desrespeito aos direitos huimanos, a dependência completa em relação aos mercados externos.

Após a exposição, seguiu-se um rico debate onde as pessoas presentes trocaram idéias e complementaram informações sobre a relevância da Campanha e do Plebiscito para a democratização da propriedade e do uso da terra no Brasil, bem como sua estreita relação com os debates e as lutas pela modificação do modelo de desenvolvimento vigente.
Ao término da atividade, vários estudantes e professores da UESC se manifestaram publicamente em apoio à Campanha e ao Plebiscito e se comprometeram com a organização da coleta de assinaturas para o abaixo assinado; e de votos nos dias de realização do Plebiscito no campus daquela universidade.