Paula Schitine
20/03/2024 12:23

 Em 2024, a manifestação pelo Dia Internacional da Mulher no Rio, aconteceu com concentração de ativistas, militantes de direitos humanos e movimentos sociais no centro da cidade.

Entre as pautas levantadas estavam: políticas públicas de proteção à mulher e a vida de todas as mulheres; pelo fim do feminicídio, lesbocídio, racismo, transfeminicídio; do genocídio negro, indígena e palestino. E a luta contra a anistia para golpistas de ontem e de hoje; por democracia com justiça social e ambiental; empregos sem privatização; saúde e comida no prato. Elas ainda pediam mais mulheres na política levando cartazes com frases como: “Juntas Somos Gigantes” e “Trabalho igual, salário igual”, foram algumas das que estampavam as ruas do Centro.

O relatório  ‘Elas Vivem: liberdade de ser e viver‘, da Rede de Observatórios da Segurança, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), mostrou que o estado do Rio DE Janeiro registrou um aumento de mais de 95% nos casos de violência contra mulheres entre 2020 e 2023. Houve ainda um crescimento de 134% nos registros de estupro durante o mesmo período. “O perfil dos agressores, em sua maioria, já é conhecido: companheiros e ex-companheiros/namorados e ex-namorados ou pessoas do seio familiar das vítimas”, diz a pesquisa.

A educadora da FASE Rio, Caroline Santana, presente na manifestação, explica a importância da marcha para a unidade dentro da organização. “A FASE Rio atua junto às mulheres, majoritariamente negras, de comunidades periféricas e favelas do Rio de Janeiro, marcadas pelo legado histórico do machismo e do racismo”, contextualiza. “Mulheres que constantemente convivem com insegurança, ausências e desigualdades que potencializam riscos de vida, violam direitos essenciais e reforçam o caminho de desvalor dessas mulheres. Mas, também são mulheres que constroem coletivamente todos os dias alternativas de luta”, ressalta a educadora.

A presidenta da FASE, Tatiana Dahmer Pereira, enfatiza a importância da participação das mulheres da organização em marchas do 8M, em todos os territórios em que atua, como histórica e fundamental para a construção de um Brasil mais justo, igualitário e feliz. “Mais significativo ainda é que nesse momento de ascensão e intensificação de extrema direito em vários cantos do mundo, da guerra contra a Palestina, e principalmente das incursões policiais violentas nos morros e nas favelas da cidade do Rio de Janeiro, da luta no campo, das resistências indígenas, estar presente num ato como este, celebrando a vida das mulheres, e lutando para que elas alcancem  de fato direitos concretos, é algo que pertence à FASE”, conclui.

Assista a cobertura em vídeo do 8M no Rio de Janeiro

Em Pernambuco, a FASE se uniu às costureiras do Polo de Confecções de Caruaru e da Região Metropolitana do Recife ocupando as ruas da maior cidade do interior e quarta maior do estado de Pernambuco para reivindicar seus direitos.

Veja também como foi o 8M da FASE Pernambuco

No Pará, a FASE Amazônia se juntou à Frente Feminista do Baixo Tocantins na orla da cidade de Abaetetuba. Cerca de 150 mulheres fizeram uma barqueata pela conscientização e combate a todas as formas de violência contra as mulheres.

Veja como foi o 8M no oeste do Pará

No Espírito Santo, educadoras da FASE participaram de duas ações relacionadas ao Dia Internacional da Mulher. A Marcha do 8M em Vitória e ato do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (ALES), no dia 7 de março.

Veja as imagens na galeria (Fotos: Flavia Bernardes) 

 

*Comunicadora da FASE