25/05/2010 11:20

Como parte da intervenção educativa da FASE Bahia no Baixo Sul, está se iniciando a operacionalização do Convênio 716011/2009 – MDA AEGRE / FASE. Esta iniciativa surgiu de demanda explicitada pelos sindicatos dos trabalhadores rurais de Presidente Tancredo Neves e de Teolândia, juntamente com grupos de agricultoras familiares integradas à Central das Associações de Valença e o projeto foi apresentado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio da Assessoria Especial de Gênero, Raça e Etnia (Aegre).

Ainda no primeiro semestre de 2009, a FASE fez várias reuniões nos três municípios, para debater as possibilidades de avanço no fortalecimento da organização produtiva de mulheres agricultoras. Neste processo, construíram-se novos conhecimentos sobre as causas e conseqüências das dificuldades vivenciadas pelas mulheres no seu cotidiano de vida e de trabalho. Esses conhecimentos vieram a se somar a outros esforços que já vinham sendo feitos pela FASE e seus parceiros para a permanente atualização do diagnóstico sócio-econômico e ambiental da agricultura familiar em geral, naquela região. A FASE procurou dar a devida ênfase na identificação e esclarecimento das peculiaridades da condição feminina, tanto no que se refere à produção e comercialização, como no que se relaciona com a gestão das unidades familiares e com a busca de relações de gênero mais justas e equilibradas.

Graças a esta metodologia participativa, e após várias reuniões feitas em diferentes comunidades, a FASE e os STRs de Presidente Tancredo Neves e de Teolândia, bem como a Central das Associações de Valença, definiram coletivamente o projeto “Organização e Apoio a Grupos Produtivos de Agricultoras Familiares no Território do Baixo Sul – Bahia” que foi remetido ao MDA/AEGRE em julho de 2009, tendo sido aprovado em 21 de agosto. Infelizmente, a burocracia estatal, e sucessivos remanejamentos orçamentários feitos unilateralmente pelo governo federal, impediram a liberação dos recursos, o que só veio a acontecer agora em 12 de maio de 2010.

Tal atraso já trouxe graves prejuízos para a consecução dos objetivos da FASE e de seus parceiros nesta iniciativa, pois os grupos de mulheres organizados ainda em 2009 ficaram muito desanimados e descrentes com os sucessivos adiamentos e a falta de informações concretas por parte do MDA, quanto à data efetiva da liberação dos recursos, sem os quais era absolutamente impossível para a FASE iniciar as atividades.
A FASE e seus parceiros estão conscientes da gravidade dos problemas causados pelos atrasos, mas continuam empenhados para que as atividades previstas sejam realizadas com a devida qualidade e os objetivos propostos sejam efetivamente alcançados.
Brevemente serão publicadas novas notícias aqui na página da FASE Bahia sobre a operacionalização deste projeto.