08/09/2011 21:58

O trabalho de assessoria técnica da FASE tem priorizado a criação de condições necessárias à melhoria da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) dos jovens e mulheres agentes multiplicadores de assistência técnica e extensão rural (AMAs) e a irradiação dos conhecimentos construídos com eles para outras famílias agricultoras.

Exemplo disso são os esforços desenvolvidos pela técnica agropecuária Andréa Almeida, no Território de Identidade do Sisal. A persistência nestas ações estimulou vários AMAs na ampliação de sua Segurança Alimentar. Por exemplo, as AMAs Marivalda, da comunidade de Malhada do Alto e Marizete, de Alto Alegre, ambas situadas no município de Serrinha. Estas duas mulheres agricultoras familiares estão investindo em horticultura. Suas propriedades são pequenas em termos de área, e se localizam no bioma semi-árido. Portanto, a assessoria técnica providenciada pela FASE se preocupou com a identificação e construção de conhecimentos apropriados à estas condições.

A FASE considera que tecnologias apropriadas à convivência com o semi-árido, aliadas à divulgação de informações necessárias a permitir acesso a políticas públicas especialmente concebidas para famílias agricultoras vivendo nestas condições, devem ser priorizados pela assessoria técnica.

Mesmo com a parada do Projeto AMA´s, provocada pelo atraso do Governo da Bahia na liberação dos recursos da III Parcela, essas duas AMAs continuaram suas atividades produtivas. Verduras e legumes produzidos na horta vêm sendo consumidos pelas próprias famílias e comercializados na comunidade e na feira livre do município. Isto é importante para fortalecer a economia local, pois gera e circula renda na região, além de servir de exemplo para outras famílias agricultoras.

A assessoria técnica da FASE já identificou a necessidade de ampliar os canais e alternativas de comercialização para a crescente e diversificada produção obtida por essas mulheres AMAs e por isso a técnica agropecuária Andréa Almeida está informando e assessorando as AMAs nos procedimentos necessários à obtenção dos respectivos Blocos de Notas do Produtor. O acesso a esta documentação tributária permite aos agricultores familiares pleitearem a comercialização de sua produção através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Inclusive, parcela significativa do percurso formativo trilhado por jovens e mulheres AMAs em 2010, foi dedicada à temática da superação dos entraves relacionados à comercialização da agricultura familiar.

Outra característica importante da assessoria técnica prestada pela FASE aos jovens e mulheres AMAs, é a busca por parcerias que promovam sinergias benéficas a todos os participantes. Assim sendo, foram feitos esforços para que AMAs interessados em horticultura recebessem informações e assessoria necessária à sua inclusão em programas de construção de Cisternas de Produção. Este equipamento que faz parte de um conjunto de ações e tecnologias de convivência com o semi-árido é essencial para viabilizar a água exigida pela produção hortícola.