08/09/2011 21:56
Avançando na implementação daquilo que se definiu na V Reunião de Planejamento, para os três meses de aplicação dos recursos da III Parcela do Conv. 343/09, a FASE Bahia e seus parceiros organizaram e realizaram oficinas modulares no mês de agosto.
A coordenação estadual, com sugestões feitas pelos integrantes da equipe técnica e de articuladores territoriais, preparou uma programação, contemplando os principais tópicos a serem trabalhados. As oficinas modulares são parte do percurso formativo que vem sendo trilhado por jovens e mulheres que atuam como AMAs em suas comunidades.
Conforme consta da programação, estas oficinas de agosto priorizaram a avaliação dos núcleos produtivos, com posterior debate sobre quais os encaminhamentos necessários, em termos de assessoria técnica, para enfrentar e superar eventuais problemas detectados.
Com o objetivo de fortalecer a construção de alternativas de comercialização para os núcleos produtivos dos jovens e mulheres AMAs, bem como, para as famílias de agricultores que residem nas comunidades alcançadas pela intervenção educativa da FASE, foi reservado espaço para a socialização de informações e debate coletivo sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A coordenação estadual preparou materiais didáticos específicos sobre estes temas que, além de terem sido utilizados nas oficinas, ficam com integrantes da equipe técnica, nos territórios, para aprofundamentos posteriores ou nova utilização nas comunidades.
A FASE, enquanto instituição de âmbito nacional, vêm dedicando esforços, em parceira com redes e coalizões de atores que também têm compromisso com o fortalecimento da agricultura familiar, tanto para a criação e aperfeiçoamento destes programas governamentais como para a construção das condições necessárias à sua efetiva transformação em políticas públicas garantidoras de direitos.
Atuando a nível local e regional, a FASE Bahia se depara com situações concretas em que famílias agricultoras encontram obstáculos que dificultam e algumas vezes inviabilizam o acesso ao PAA e ao Pnae. Por isso, este conteúdo foi novamente trabalhado nas Oficinas Modulares de agosto de 2011. Os jovens e mulheres AMAs receberam informações sobre quais são os objetivos e as finalidades que orientam a criação e existência do PAA e do PNAE; bem como, sobre quais são seus mecanismos de funcionamento. Durante as Oficinas, os AMAs participaram de debates com integrantes da Equipe Técnica, e trocaram experiências sobre casos concretos de tentativas de acesso ao PAA e ao PNAE que vêm acontecendo nos municípios onde a FASE atua.
Como exemplos de Oficina Modular, temos a realizada nos dias 19 e 20 agosto, no SINTRAF de Serrinha, onde estavam presentes os técnicos da FASE atuantes no Território do Sisal (Andréa Almeida e Francisco Oliveira); o coordenador estadual Rener Oiticica; o articulador territorial Edvan Tavares e os articuladores municipais de Araci, Ichu e Candeal. Os AMAs dos municípios do Sisal participaram ativamente dos trabalhos que contaram com a cooperação do diretor de Políticas Agrícola e Agrária do Sintraf de Serrinha, Antônio Wellington; e do Técnico do MOC – Movimento de Organização Comunitária que palestrou sobre PAA, esclarecendo
dúvidas, explicando quais os critérios que definem e quem pode pleitear acesso. Nesta Oficina também contamos com a presença de Uilza, da APAEB – Associação dos Pequenos Agricultores do estado da Bahia, abordando o PNAE. A AMA Gildete, de Serrinha, residente na Comunidade de Mombaça, contou sua experiência de acesso ao Bloco de Notas do Produtor e de como isto vem contribuindo para ampliar suas alternativas de comercialização.
Aproveitou-se a mesma data de realização desta Oficina no Sisal, para que os jovens e mulheres AMAs fossem conhecer a Feira da Agricultura Familiar de Serrinha, onde a AMA Marizete, residente na Comunidade de Alto Alegre, estava com uma barraca comercializando as hortaliças produzidas em sua propriedade.
No Litoral Norte, os técnicos agropecuários da FASE Flávio Trindade e Cláudia; contando com a contribuição ativa de Wecsley Ferraz, da coordenação estadual, bem como do articulador territorial; construíram uma oficina que cumpriu toda a programação previamente feita, e ainda permitiu aos AMAs participantes, elaborarem um Projeto de Venda para o PAA. Este exercício prático foi importante para desmistificar quanto à dificuldade de elaborar e disputar propostas.