23/03/2009 12:25
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Presidente Tancredo Neves, município localizado no território de identidade do Baixo Sul, é um dos parceiros da FASE que vem atuando no Projeto de Inclusão Social de Jovens e Mulheres AMAs – Agentes Multiplicadores de ATER (Assistência técnica e extensão Rural).
Os agricultores familiares de Tancredo Neves possuem pouca terra e ainda estão muito influenciados pela monocultura do cacau que predomina há décadas na região. Nos últimos anos verificou-se alguma diversificação da produção que é ainda muito marcada pela busca de produtos de fácil comercialização. No entanto, esses produtos são quase sempre cultivados com base na monocultura intensiva com a utilização de insumos externos, industrializados e danosos ao meio ambiente e sofrem com a sazonalidade de sua produção e com a variação dos preços praticados pelos atravessadores, comprometendo a segurança e a soberania alimentar dessas famílias de agricultores.
Tancredo Neves é hoje um dos municípios que alcançou certa diversificação da produção, registrando-se safras de cacau, banana, mandioca, cravo e frutas, mas permanece a preocupação com a busca de alternativas que evitem a dependência dos mercados externos e dos atravessadores como única forma de comercialização da produção.
Por isso, o STR de Presidente Tancredo Neves vem apoiando e participando de iniciativas da FASE, feitas em parceria com a FETRAF Bahia, orientadas para a busca da inclusão social de jovens e mulheres, o fortalecimento da organização sindical e comunitária de agricultores familiares, e a adoção de práticas baseadas em princípios agroecológicos. Nas últimas semanas, o Sindicato organizou ações de apoio à busca por maior segurança e soberania alimentar, adquirindo sementes de hortaliças e planejando sua distribuição com assessoria e orientação da técnica agropecuária da FASE Rosélia Melo, responsável pela assessoria aos jovens e mulheres AMA’s deste município.
O objetivo do STR é estimular um número crescente de famílias das comunidades onde residem e trabalham os AMAs a adotarem o hábito de fazer e cuidar de hortas nos quintais de suas casas, utilizando-se de insumos encontrados nas suas propriedades, buscando abastecer a feira do município e vendendo diretamente aos consumidores locais, escapando assim da dependência de atravessadores e mercados externos.