Gabriela Polydoro
09/06/2025 17:21

Durante a COP30, que será realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano, também acontecerá a Cúpula dos Povos, um evento paralelo à COP30 dedicado à ampliação do diálogo social sobre as questões climáticas. Realizada de 12 a 16 de novembro na Universidade Federal do Pará (UFPA), a Cúpula reunirá aproximadamente 15 mil participantes de mais de 700 organizações de diversos países, incluindo movimentos sociais, povos indígenas, comunidades quilombolas, jovens e entidades da sociedade civil. O objetivo é fortalecer a construção popular e convergir pautas de unidade das agendas: socioambiental, antipatriarcal, anticapitalista, anticolonialista, antirracista e de direitos, respeitando suas diversidades e especificidades, unidos por um futuro de bem-viver.

“Percebíamos que várias organizações estavam pensando no que fazer para a COP30 de forma própria. A cúpula foi a forma de juntarmos tudo para discutir a possibilidade de fazer uma construção unitária nesse momento”, comenta Maureen Santos, coordenadora do Núcleo Políticas e alternativas (NUPA) da FASE, em entrevista a Folha de S. Paulo.

A Cúpula dos Povos articula seis eixos principais que conectam temas como justiça climática, reparação histórica, soberania alimentar, feminismo popular e transição justa. “A escolha por eixos que aliam pautas diferentes é uma tentativa de fugir de caixas temáticas”, afirma Santos. O evento critica a falta de ambição nas negociações oficiais e apresenta propostas baseadas na justiça social, na autonomia dos povos e numa transição ecológica justa.

Para Maureen, essa abordagem evita divisões superficiais e fortalece uma agenda comum dedicada à integração de territórios, comunidades e causas, para que, após a COP30, a mobilização se transforme em legado vivo.

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**Estagiária de Comunicação sob supervisão de Isabelle Rodrigues