Comunicação Pública
27/12/2024 10:36
Um mês após a Cúpula Social do G20, movimentos sociais fazem balanço do fórum e trazem suas recomendações para a próxima Cúpula, na África do Sul.
O G20 Brasil encerrou há cerca de um mês, mas já deixou desenhado um novo cenário político nos espaços de concertação internacional: a participação popular. Se o G20 foi historicamente constituído para promover discussões e arranjos entre economias avançadas e emergentes, com o G20 Brasil, também passa a ser reconhecido em sua dimensão inclusiva. O G20 Social introduziu um novo conceito ao criar uma “terceira trilha”, ao lado das tradicionais trilhas política e financeira, no fórum das maiores economias do mundo.
Os países do G20 uniram esforços para tratar de estratégias de combate à pobreza e desigualdades, portanto, para tratar de uma crise que não é essencialmente dos ricos, mas do mundo. Foi a primeira vez em que houve uma tribuna popular aberta dentro do fórum, envolvendo movimentos sociais, comunidades vulneráveis, organizações da sociedade civil e lideranças comunitárias. Um processo inédito que resultou em uma pactuação entre autoridades do G20 e sociedade civil, abrindo espaços para novos arranjos de cooperação e diálogo, que ensejam uma nova possibilidade de liderança e posicionamento do sul global, com um olhar especial para a pobreza, justiça social e os direitos humanos.
Um mês após o evento, entidades da sociedade civil realizam um balanço do evento e trazem suas recomendações para a próxima Cúpula Social do G20, que ocorre em 2025 na África do Sul.
Maureen Santos, Coordenadora do Núcleo de Políticas Alternativas da FASE e integrante do Grupo Carta de Belém
“A avaliação é que ter sido no Brasil favoreceu muito o próprio espaço do G20. O Brasil trouxe agendas que são muito importantes, como a própria questão do combate à pobreza e à desigualdade, a questão da taxação de grandes fortunas, que são eixos realmente centrais para a agenda global. Isso foi muito positivo, além do debate sobre a participação social.
Esperamos que a África do Sul possa fortalecer a continuidade desse processo. O G20 não tem uma governança, um secretariado, e acaba que as agendas se sobrepõem, ficam muito por conta de cada país, não há continuidade”.
“Acho que essa oportunidade do G20 Social foi muito importante, mas, ao mesmo tempo, penso que as organizações sociais poderiam ter um pouco mais de autonomia, no caso, em relação às escolhas e definições de agenda. Obviamente, o governo tem que oportunizar diálogos com os espaços oficiais, mas participação já tem uma metodologia própria, suas escolhas próprias.
Leia a matéria completa no site oficial do G20.
*Site oficial do Governo Federal