17/10/2011 21:47
A FASE Bahia prossegue realizando as atividades previstas em seu planejamento de retomada da operacionalização do AMAs II. Integrantes da assessoria técnica realizam levantamento minucioso da situação em que se encontram os Núcleos Produtivos, debatendo, propondo e encaminhando medidas necessárias a correção de problemas eventualmente identificados.
Estes levantamentos vêm sendo sistematizados e são analisados pela Coordenação Estadual que utiliza as informações para orientar a elaboração das pautas de eventos de formação, como as Oficinas Modulares de agosto. A Coordenação Estadual também esteve em campo, alcançando praticamente todos os oito Territórios de Identidade onde a FASE está atuando. Visitaram, por exemplo, comunidades e AMAs do Extremo Sul que fica no Bioma da Mata Atlântica, entre eles o Assentamento de Reforma Agrária Nova Dely, situado no município de Itamaraju.
Durante esta visita da Coordenação, realizada em setembro, o engenheiro agrônomo Weclsey Ferraz debateu com os técnicos agropecuários da FASE que são responsáveis pela assessoria aos AMAs desta região, quais procedimentos e alternativas poderiam vir a ser implementados para avançar na convivência e controle de problemas como aqueles encontrados na área do AMA Nilcimar da Graça Caleari Freitas. Na propriedade dela foi detectada a existência de plantas com sintomas de incidência de ataques de nematóide nas lavouras de pimenta do reino. Outro problema identificado foi o da ferrugem nos cafeeiros.
Já no Território do Sisal, que fica no Semi-Árido, o contexto é de agravamento da estiagem, com sensíveis prejuízos para a alimentação dos rebanhos. Por isso, a assessoria técnica da FASE, através de Francisco Carvalho, organizou atividades de esclarecimento sobre a preparação de silagem, utilizando capim de corte; sorgo; e/ou milho como fonte de biomassa. Agricultores familiares interessados em conhecer estes métodos participaram de um evento didático, na comunidade de Morro do Mamote, localizada no município de São Domingos. Esta atividade só foi possível porque agricultores familiares se somaram em mutirão, emprestando ora a máquina trituradora, ora cedendo parte de suas reservas de biomassa, para que fosse possível completar todos os passos necessários à elaboração de uma boa silagem. Observou-se ainda, quais as maneiras mais indicadas para utilizar a silagem, depois de pronta, na alimentação de caprinos, ovinos, e bovinos de leite.
Ainda no Território do Sisal, verificou-se a participação da assessoria técnica da FASE na construção e realização de um evento sobre práticas de horticultura, realizado na comunidade de Santa Rita de Cássia, com famílias agricultoras lá residentes. Esta atividade foi feita em parceira com a EBDA e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Valente. Foram construídos canteiros nas dimensões de 1 m², para serem fornecidos à UAC – União das Associações Comunitárias, de Valente. A expectativa é de que a produção hortícola desses canteiros, seja fornecida para o PAA e o PNAE no próximo ano.