15/03/2009 13:08
Há diversos meses a FASE Bahia tem atuado no Vale do Jiquiriçá no âmbito do Projeto de Inclusão Social e Jovens e Mulheres AMAs e detectou a preocupação que tem a maioria das famílias agricultoras com sua segurança alimentar. Mas elas querem também diversificar sua produção para poder aumentar o volume e melhorar a qualidade do que é vendido nas feiras e mercados da própria região, e para outros compradores.
A maioria das propriedades familiares tem pouca área disponível para expansão, e grande parte dos terrenos já está ocupada por plantações como cacau, banana, mandioca. A equipe técnica da FASE tem estimulado o debate sobre alternativas agroecológicas que buscam combinar a utilização de insumos locais, o aproveitamento do maior número possível de plantas e animais já presentes nos agroecossistemas de cada propriedade familiar e o aproveitamento intensivo dos recursos que são mais abundantes em cada período, observando, no entanto, critérios que garantam sua existência ao longo do tempo, de maneira a garantir a sustentabilidade econômica e ambiental.
Os integrantes da equipe técnica da FASE Bahia que atuam no Vale do Jiquiriçá, juntamente com a coordenação estadual e as próprias famílias das mulheres e jovens que atuam como AMAs, fizeram longos debates e analisaram várias alternativas, durante o processo de escolha e definição do tipo de núcleo produtivo a ser implantado na propriedade familiar de cada jovem e mulher AMA.
Os AMAs escolheram núcleos produtivos de avicultura combinado com a horta (caso da AMA Ivanilda da Silva Braga, da Comunidade de Batateira, município de Cravolândia), e de Fruticultura, que inclui tanto o plantio de mudas de frutas como equipamentos para sua agroindustrialização na propriedade. Este é o caso da AMA de Cravolândia, Júlia Braz dos Santos, que mora na Comunidade de Água Branca, e das AMAs de Ubaíra, Rose Sandra Santos e Maria de Fátima Santos, e também do AMA de Jiquiriçá, Uilsom de Brito Santos, que mora na Comunidade de Velinhas.
Graças ao percurso formativo percorrido por esses jovens e mulheres AMAs, praticamente todos eles estão usando adubação orgânica em suas propriedades.