15/06/2015 16:54

A produção e o consumo de alimentos são vistas como atividades altamente lucrativas para determinados setores da sociedade. Muito desse processo é resultado do entendimento da comida como uma mercadoria, dominada pela iniciativa privada e empresas transnacionais ligadas ao setor do agronegócio, da indústria de alimentos e das redes de supermercado. Na contramão desse pensamento, e buscando suscitar uma reflexão crítica sobre o assunto, a nova edição do Jornal Aldeia, iniciativa do programa da FASE na Amazônia em parceria com o Fórum da Amazônia Oriental (Faor), traz como tema o direito à alimentação saudável, de qualidade e acessível à população.

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Construção de viveiros de mudas. Ação do programa da FASE na Amazônia na Terra Indígena Maró, em Santarém (PA). (Foto: Arquivo FASE)

A publicação ainda tem notícias que questionam a ideia da alimentação como um ato isolado de valores sociais e culturais, pautado por uma individualidade e não como um ato político. A questão dos riscos do uso dos agrotóxicos tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente também é problematizada em um contexto no qual o Brasil hoje já é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.

Outros conteúdos presentes na publicação são a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a Conferência Estadual no Pará e as conferências municipais, e a importância desses espaços na discussão da alimentação adequada como direito humano.

Além disso, o jornal aborda os preparativos para o VIII Fórum Social Pan-Amazônico, marcado para outubro de 2016 no Peru. O leitor confere ainda experiências em comunidades do interior paraense que provam ser possível seguir um rumo na alimentação diferente do traçado por empresas do agronegócio, que pautam a comida pelo viés mercadológico.