18/10/2018 16:24
Dia 16 de outubro é o dia Mundial da Alimentação. A má distribuição de alimentos deixa 815 milhões de pessoas passarem fome no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Por outro lado, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase dois bilhões estão acima do peso. No Brasil, quase 20% da população adulta é obesa.
O que precisa ser feito para garantir o equilíbrio e a saúde alimentar no planeta? Maria Emília Pacheco, assessora da FASE, falou sobre o assunto no programa Conexão Futura, do Canal Futura, ao lado de Rodrigo Afonso, diretor executivo Ação da Cidadania e de Alan Bojanic, representante FAO Brasil. “Estamos instigados a tratar e debater a produção do alimento como apenas produtividade em grande escala por parte de empresas. Mas é necessário superar essa visão, pois não é mais possível alimentar a população destruindo o planeta”, alerta Maria Emília. Para ela, o direito humano a alimentação precisa ser assegurado. “Precisamos conservar a nossa biodiversidade e sobretudo defender os povos indígenas, os produtores e produtoras familiares que produzem os alimentos”.
A assessora ressalta ainda que o movimento agroecológico defende que a prioridade deve ser uma comercialização que favoreça uma variedade maior de alimentos, de acordo com a estação, respeitando a natureza. “Muitas vezes o desperdício acontece no mesmo lugar da produção porque não há condições de transportar o alimento. Porém, se há apoio aos produtores familiares com a compra institucional desses alimentos, desde a produção com políticas de incentivo como a assistência técnica, o crédito e a compra pública”, recorda.