04/02/2019 16:19
Em tempos de “terraplanistas” – pessoas que acreditam que o planeta Terra é plano – e de grupos que colocam em dúvida os efeitos do aquecimento global, o Grupo Carta de Belém segue fazendo frente à financeirização da natureza. Enquanto o presidente Jair Bolsonaro evocava a saída do Brasil do Acordo de Paris, a entidade esteve na Conferência Mundial sobre o Clima (COP 24) para cobrar sua efetividade. Cerca de 200 países participaram da Conferência, que foi realizada na cidade de Katowice, na Polônia.
Representantes do Grupo levaram em mãos um documento com suas principais considerações sobre as negociações entre os países, que ocorreram no último mês de dezembro. Durante a COP 24 e em espaços paralelos à Conferência, destacaram preocupações em relação à promoção das Parcerias Público Privadas (PPPs) nas chamadas “ações climáticas”; à dita “agricultura climaticamente inteligente”, que apresenta a velha fórmula de introduzir nos plantios pacotes tecnológicos de interesse de grandes corporações; aos mecanismos de mercado de carbono, que não rompem com atual paradigma de produção e consumo; à falta de diálogo com os sindicatos, comunidades e sociedade civil na implementação do Acordo de Paris; dentre outros pontos.
Além de criticar a captura de espaços multilaterais pelas corporações, o Grupo Carta de Belém levou à COP 24 denúncias sobre o crescimento do autoritarismo no Brasil e suas implicações para as políticas climáticas, destacando a importância da solidariedade internacional nesse contexto. Acesse e baixe o documento.
[1] A FASE integra o Grupo Carta de Belém.