17/07/2020 12:49

Com 15 anos de história, o YouTube, a maior plataforma de compartilhamento de vídeos do mundo, realizou sua primeira transmissão ao vivo no final de 2008. No Brasil, esse marco é de novembro de 2010. Durante a pandemia, as lives surgiram como uma forma de entretenimento, para incentivar que as pessoas ficassem em casa e fizessem doações a quem precisava de ajuda nesse período. O país lidera o ranking mundial de transmissões ao vivo.  

Em junho, a FASE inaugurou uma série de encontros virtuais, o FASE Convida. A atividade semanal transmitida pelo YouTube, se tornou um momento de formação e reflexão sobre assuntos e acontecimentos da história recente do Brasil. Temas como o contexto eleitoral no pós-pandemia, a fome, a interiorização da Covid-19 e a militarização, estiveram em pauta esse mês. 

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No meio de uma pandemia, temos uma conjuntura política polarizada e com eleições municipais programada para este ano. Portanto, a possível alteração do calendário das eleições municipais e as mudanças ocorridas na legislação eleitoral, como o fim das coligações para eleger vereadores, a perspectiva de se construir uma frente antifascista, as disputas eleitorais nas prefeituras, as alianças, o governo Bolsonaro, o impacto das fake news na política, entre outros temas, são debatidos pela cientista política Carolina Almeida (diretora do DATAIESP/Instituto Pólis) e pelo professor Pedro Cunca Bocayuva (Programa de Pós-graduação de Políticas Públicas em Direitos Humanos do NEPP-DH/UFRJ). A mediação ficou por conta de Aercio de Oliveira, coordenador da FASE Rio de Janeiro.

A combinação da tragédia humanitária da Covid-19 com a escalada autoritária do presidente Bolsonaro, no seu intento de alcançar o poder absoluto, coloca na ordem do dia o debate sobre o papel dos militares e aponta para a necessidade de a sociedade civil organizada enfrentar publicamente o debate acerca do papel constitucional das forças armadas, no atual contexto de pandemia, crise econômica e iminente crise institucional. A militarização do governo Bolsonaro, a ameaça de golpe militar, o papel das forças armadas na defesa da soberania nacional e seu posicionamento frente à inserção internacional do Brasil, entre outros temas, são debatidos pela pastora Romi Bencke, secretária-geral do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC) e pelo professor Luís Fernandes, do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-RJ e da UFRJ. A mediação é feita por Jorge Eduardo Saavedra Durão, assessor da FASE.
 
Apesar da Covid-19 ter se propagado em grandes metrópoles, a tendência é o crescimento de ciclos de transmissão em cidades pequenas, terras indígenas, florestas, comunidades quilombolas e de povos tradicionais localizadas, em grande parte, no interior do Brasil. A “interiorização da Covid-19” é a pauta do FASE Convida. E para falar sobre o tema, Guilherme Carvalho, coordenador da FASE na Amazônia, recebe Elisa Urbano Ramos, do Povo Pankararu e coordenadora do Departamento de Mulheres Indígenas da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do NE/MG/ES (APOINME), e o epidemiologista e professor do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas, Bernardo Lessa Horta.
 
Nos últimos anos, o Brasil regrediu ao patamar de 12 anos no número de pessoas em situação de extrema pobreza e está voltando ao Mapa da Fome. As violações do Direito Humano à Alimentação Adequada com os retrocessos nas políticas de proteção social e de Segurança Alimentar e Nutricional vem se acentuando em tempos de autoritarismo. Precisamos pensar saídas que tenham no centro a garantia direitos. A proposta de Renda Básica de Cidadania é uma das alternativas? Para refletir sobre este cenário, o FASE Convida tem como tema “Covid-19 e fome em tempos de autoritarismo”. Maria Emília Pacheco, assessora da FASE, recebe Francisco Menezes, pesquisador do Ibase e da ActionAid Brasil, ex-presidente do CONSEA e membro do FBSSAN, e Valéria Burity, advogada e secretária-geral da Fian Brasil.