30/07/2020 10:14

Em julho, seguimos com a agenda de debates virtuais no YouTube. Nesse mês, mulheres, mineração, renda básica, meio ambiente e as ações pelo #ForaBolsonaro estiveram em pauta.

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Confinadas em seus lares, as mulheres são duplamente ameaçadas: por um vírus potencialmente letal e por pessoas violentas de seu próprio convívio doméstico. Por isso, o FASE Convida do dia 1º de julho teve como tema “Mulheres: invisibilidades e violências cotidianas durante a pandemia”. Na ocasião, debatemos sobre as dimensões do cotidiano das mulheres que se agravaram durante a pandemia, refletindo sobre o quanto o universo da casa, do privado, continua invisibilizando as mulheres, tanto no que se refere ao trabalho doméstico e não doméstico (incluindo as questões da militância/ativismo), quanto no que se refere às várias formas de violência, sejam aquelas diretamente infligidas aos seus corpos, como também a suas filhas/os.

Para refletir sobre tais questões, convidamos Mônica Sacramento, coordenadora da Ong Criola, e Eliete Paraguaçu, quilombola e membro do da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP) e do Movimento de Pescadores e Pescadoras (MPP). Rachel Barros, da FASE no RJ, mediou o encontro.

 

O Brasil atravessa até aqui uma grave crise econômica e política desde a eleição de Jair Bolsonaro. E, com a chegada da Covid-19, agora o país também vive uma terrível crise sanitária que já tirou a vida de mais de 80 mil pessoas. Na contramão, o presidente, diante das primeiras mortes pelo novo coronavírus, “profetizou” que seria apenas “uma gripezinha” e hoje temos mais de 2 milhões de infectados. De outro lado, as organizações da sociedade civil, movimentos sociais, partidos políticos e profissionais da comunicação, dentre outros, vem se manifestando contra essa política do governo brasileiro. A sociedade civil está agindo: pedidos de impeachment, ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, mulheres unidas para “derrubar Bolsonaro”, frentes pela democracia e agora uma unidade nacional em campanha pelo “Fora Bolsonaro”.

É sobre esse cenário de crises no país e de reações contra o governo que o FASE Convida dessa semana teve como tema “Análises sobre as mobilizações pelo #ForaBolsonaro”. Para falar sobre o assunto, convidamos Maria Teresa Cruz, jornalista da Ponte e educadora popular, e João Paulo Rodrigues, agricultor formado em ciências sociais e membro da direção nacional do MST. Evanildo Barbosa, diretor da FASE, mediou o debate. 

O Brasil atravessa uma grave crise econômica pré-existente à pandemia. E, com o avanço da Covid-19, também vivemos uma terrível crise sanitária que já tirou a vida de mais de 80 mil pessoas e que forçou o Estado a dar respostas emergenciais à perda de trabalho e de renda de grande parte da população. É consensual a previsão de que, na sequência da pandemia, o Brasil mergulhará na mais profunda recessão, variando apenas as previsões com relação profundidade da queda da economia nacional. Está em pauta também um importante debate sobre a continuidade do auxílio emergencial e sobre a pertinência e a viabilidade do estabelecimento de uma renda universal da cidadania, permanente, compatível com a manutenção do sistema de proteção social, na contramão das políticas ultra neoliberais de Paulo Guedes.

O FASE Convida dessa semana teve como tema “Os rumos da atual política econômica e da renda básica”. Para falar sobre o assunto, convidamos Iara Pietrikovski, membro do colegiado de gestão do INESC, e Adhemar Mineiro, economista e membro do Conselho Deliberativo da FASE. Jorge Eduardo Durão, assessor da FASE, mediou o debate.

Como o Brasil passou a ser visto internacionalmente? Quais são as leituras externas sobre as políticas de destruição dos marcos legais de proteção ambiental e dos mecanismos de financiamento? Essas são algumas questões que estarão em debate no FASE Convida que trará um olhar sobre a política antiambiental do governo brasileiro e seus impactos sobre a agenda internacional, com rebatimentos na política nacional agroindustrial e de investimentos internacionais, além de uma análise sobre a Amazônia pelos diferentes atores, os acordos internacionais como UE-Mercosul e as resistências desde as sociedades civis globais.

Pautas quentes debatidas por André Campos, jornalista da Repórter Brasil, e Marcela Vecchione, professora do Núcleo Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e membro do Grupo Carta de Belém. Maureen, Santos, coordenadora do Grupo Nacional de Assessoria da FASE, mediou esse encontro.

Como a desestruturação dos marcos legais de proteção ambiental se relaciona com o desmonte da política indigenista brasileira? Quais são os retrocessos que a abertura das terras indígenas a atividades econômicas representará aos avanços conquistados pela Constituição de 1988? O que nos dizem as experiências de mineração em terras indígenas implementadas em outros países? Como a pandemia agrava a violação dos direitos dos povos indígenas num contexto em que o governo veta medidas destinadas a combater o avanço do novo coronavírus entre os povos e comunidades tradicionais e, ao mesmo tempo, dá salvaguarda legal para a continuidade de atividades econômicas que têm servido como vetor de propagação do vírus no interior do país? Essas são algumas questões debatidas FASE Convida com o tema “Antipolítica indigenista, mineração e pandemia”.

Julianna Malerba, assessora da FASE, recebe Marivelton Baré, presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio de Negro (FOIRN), e Bruno Milanez, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).