24/08/2021 23:07

Agricultoras e agricultores familiares dos municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri (PA) participaram da oficina “Multiplicadoras e multiplicadores de práticas em saneamento básico rural”. A ação foi realizada pelo programa da FASE na Amazônia e Embrapa e contou com o apoio da agência ASW e Heidehof Stiftung.

Foto: FASE Amazônia

Realizada na comunidade agroextrativista Pirocaba, no território Baixo Tocantins, “a atividade teve como objetivo a socialização de conhecimento sobre tecnologia de fossas sépticas biodigestoras como alternativa para o saneamento básico rural, instalação das estruturas para a experimentação e avaliação da viabilidade e eficiência tecnológica, além da formação de multiplicadoras e multiplicadores de práticas em saneamento básico rural que irão repassar o aprendizado em suas comunidades e continuarão os debates e ações para que a experiência seja base para a construção de políticas públicas”, explica Ellen Pereira, educadora da FASE na Amazônia.

Tecnologia socializada

Para fazer as fossas sépticas biodigestoras precisamos de três caixas d’água de polietileno, encanamentos, conexões e esterco de animais para fermentação dos dejetos humanos. Materiais relativamente baratos e de fácil acesso. Tudo pode ser adaptável às diferentes realidades rurais dos territórios amazônicos, como é o caso de terras firmes e áreas de várzea. “Precisamos incentivar o tratamento dos dejetos de forma que o resultado seja material líquido e que não cause dano ao meio ambiente, principalmente aos rios, igarapés, e lençóis d’água, que são a fonte das famílias”, comenta Ellen.

Foto: FASE Amazônia

Os participantes tiveram aulas teóricas e práticas, além de considerações sobre saneamento básico, instalações em duas residências ribeirinhas, socialização de experiências das famílias da comunidade Pirocaba que fazem parte da “Associação dos e das agroextrativistas, pescadores(as) e artesão(ãs) do Pirocaba”, onde as principais lideranças são mulheres. Elas apresentaram aos participantes a área da associação, os projetos que estão previstos para as famílias da comunidade, as lutas que vêm travando em defesa de seu território devido às ameaças da instalação do porto da Cargil e a sua experiência enquanto grupo organizado para a luta pelo bem viver.