Rebecka Santos e Helio Uchôa
01/02/2024 16:09
As costureiras do Pólo de Confecções de Pernambuco exigem melhores condições de trabalho e uma atenção especial dos poderes públicos do estado, em especial do agreste pernambucano e Região Metropolitana do Recife, que vêm se mobilizando em busca da afirmação de seus direitos.
Em um dos trechos da Carta Pública pela Garantia de Direito das Mulheres Costureiras de Pernambuco (leia aqui), que rege o trabalho de diversas mulheres pernambucanas, ressalta a importância do trabalho e sinaliza para o reconhecimento público e político de toda a classe.
“Com o nosso trabalho, contribuímos de maneira fundamental para a economia da região agreste, consequentemente, para todo o estado de Pernambuco. Mas, a importância do nosso trabalho não é reconhecida, muito menos valorizada”, pede o documento lançado em meados do ano passado.
Além do pedido formal aos entes de normalização de direitos das costureiras, conheça outros pedidos elencados na carta:
- Regulamentação da profissão de costureira
- Programa de Renda Básica para as costureiras
- Oferta de créditos para compras de maquinário e insumos
- Implementação de programas de saúde para costureiras (tratamento para hérnia de disco, tendinite, LER, doenças oculares e auditivas)
- Espaços de comercialização para escoar a produção
- Medidas que criem um teto mínimo de precificação para contratação nas facções
O projeto Costurando Moda com Direitos em Pernambuco,uma inciativa do Fundo SAAP e da FASE, visa a apoiar o fortalecimento dos coletivos e da auto-organização nos territórios onde estão inseridas as costureiras, a partir da realização de oficinas e rodas de diálogo, abordando temas fundamentais para a vida e a luta das mulheres, como a divisão sexual do trabalho, a exploração do trabalho das mulheres, os direitos das mulheres no contexto de pandemia e a renda básica. Também compõe o trabalho da FASE contribuir para a incidência política dos
Também compõe o trabalho da FASE Pernambuco contribuir para a incidência política dos coletivos, apoiando-as no diálogo com a sociedade civil e o poder público.
*comunicadora da FASE Pernambuco e estagiário da FASE sob supervisão de Paula Schitine