14/12/2017 17:23
Qual o sentido de (r)existência do Fórum Alternativo Mundial da Água? O evento, marcado para março de 2018, faz um contraponto ao fórum das corporações. Maiana Maia, da FASE, falou sobre o assunto em audiência pública da Comissão de Legislação Participativa, em Brasília
Maiana Maia, do Grupo Nacional de Assessoria (GNA) da FASE e representante do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), abriu a audiência pública da Comissão de Legislação Participativa, em Brasília, perguntando ao presidente da mesa, o deputado federal Jean Wyllys (Psol), se a coordenação do Fórum Mundial da Água (FMA) foi convidada. O parlamentar respondeu que sim, mas que ninguém apareceu para a sessão. Na audiência, Maiana apresentou o FAMA e a perspectiva de entendimento sobre quem é e como funciona o FMA, também conhecido como o “fórum das corporações”.
“Esse fórum [FAMA] que está se construindo para ocupar as ruas do Distrito Federal, em março de 2018, conta com a presença de mais de 40 movimentos sociais e redes nacionais e internacionais”. Segundo ela, o sentido da construção do FAMA se dá também para fazer um contraponto ao FMA, que acontece a cada três anos e que tem sido um espaço convocado pelas grandes empresas do setor da água. Essas convocam os poderes públicos e pesquisadores.
De acordo com os seus organizadores, trata-se de um espaço neutro. “O FMA tem dois objetivos centrais. O primeiro é criar uma narrativa sobre ‘o que é a crise hídrica?’ e, ao mesmo tempo, já apresentar a solução para ela, onde as empresas privadas se mostram como ‘as salva-vidas’ para todos os problemas que envolvem a água no mundo”, rebateu Maiana.