10/11/2014 12:16

foto_capa agriculturasA última edição da Revista Agriculturas, editada pela AS-PTA, trouxe muitas respostas à questão: “O que a agroecologia tem a ver com a superação da pobreza?”. A FASE colaborou com dois artigos na publicação. Um dos textos apresenta o trabalho no Assentamento Roseli Nunes, no Mato Grosso, e outro aborda a experiência do Fundo Dema, na Amazônia.

“Do latifúndio ao assentamento: recriando a agricultura camponesa no Mato Grosso” é o título do artigo escrito pela educadora da FASE Siumara Santos Oliveira e pelo geógrafo Tayrone Roger Antunes de Asevedo. O texto apresenta o assentamento Roseli Nunes, uma experiência vitoriosa de luta pela terra no estado conhecido como berço do agronegócio. A terra, que um dia foi um latifúndio com mão de obra quase escrava e com o uso intensivo de venenos, hoje é casa para 331 famílias. Atualmente elas lutam pela transição agroecológica, produzem o suficiente para subsistência e ainda comercializam o excedente dos alimentos produzidos.

A outra contribuição da FASE veio do Fundo DEMA, com o artigo de Vânia Carvalho e Élida Galvão. Há 10 anos organizações da Amazônia se articularam para criar um instrumento de apoio a projetos coletivos de povos indígenas, quilombolas, comunidades extrativistas ribeirinhas e da agricultura familiar. Nascia o Fundo DEMA, que durante esse tempo vem fomentando atividades na região, fortalecendo os povos da floresta e também conquistando avanços no cultivo de alimentos sem venenos, com respeito à natureza e às culturas locais.

A publicação da AS-PTA  reúne ainda artigos que relacionam a agroecologia a mudanças nas realidade do Alto Jequitinhonha (MG), do Sertão do Araripe (PE), do Litoral Norte do RS, de Alentejo, a mais pobre região de Portugal, além de abordar também o tema da convivência com o semiárido no Nordeste.

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