20/09/2008 16:35
Estão a todo vapor os preparativos para mais uma edição do Fórum Social Mundial, que em 2009 volta para o Brasil e pela primeira vez será realizado numa cidade Amazônia. Belém do Pará vai receber dezenas de milhares de militantes sociais das mais diversas correntes e oriundos de praticamente todos os cantos do planeta. De 27 de janeiro a 1º de fevereiro, a capital paraense vai viver dias bastante positivos de pensamento e ação daqueles que acreditam que um outro mundo é possível. E, é claro, que uma outra Amazônia também é.
A organização está em fase avançada. Já foram definidos os locais onde acontecerão as discussões do FSM 2009. São eles a Universidade Federal do Pará e a Universidade Federal Rural do Pará. Voluntários se dividem em seis grupos de trabalho cujas funções são organizar: comunicação, cultura, inserção indígena, metodologia, mobilização e infra-estrutura. Com relação às inscrições de atividades, prevê-se que dentro de mais alguns dias já se possa fazer inscrições de organizações e atividades pela internet.
A realização de uma edição do Fórum Social Mundial na Amazônia vem gerando as melhores expectativas. O evento pode significar a reunião de uma força política tão intensa que passe uma mensagem irretorquível de repúdio aos poderes econômicos que depredam a Amazônia do ponto de vista ambiental e, também, do ponto de vista social. Ou seja, desmatam e queimam árvores, plantam monoculturas, cultivam gado, mas também isolam e expulsam comunidades tradicionais que sabem viver ali, e pela mesma razão são os maiores guardiões do ambiente amazônico.
“Acho muito significativo a escola de Belém como cidade pan-amazônica”, disse ao Fase Notícias Matheus Otterloo, que há décadas vive no Pará e desde sempre se dedica a promover o desenvolvimento sustentável e a preservação da floresta e seus recursos naturais através de seu trabalho na Fase Amazônia. É pan-amazônica a alma deste Fórum Social Mundial. Isso significa que as sociedades do Brasil, da Bolívia, Equador, Venezuela, Peru, Colômbia, Guiana, Suriname e a Guiana Francesa estarão de mãos dadas dizendo em alto e bom som que a Amazônia viva e de pé é crucial para a vida de todos nós.