26/09/2008 15:16

Durante a Assembléia Geral da Plataforma Dhesca Brasil foi eleita a nova coordenação da rede, composta por cinco entidades. A Assembléia elegeu quatro entidades e uma vaga ficou disponível para os movimentos que trabalham com as temáticas de gênero e de raça. Nesta semana, foi anunciada que a vaga será preenchida pela Rede Nacional Feminista de Saúde, com a representante Maria Luísa Pereira de Oliveira. A expectativa da Plataforma é que as discussões sobre gênero e raça estejam mais presentes nas ações da rede.

Conheça a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos

A Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos -Rede Feminista de Saúde – criada em agosto de 1991, é uma articulação política do movimento de mulheres brasileiro em torno de questões que envolvem a saúde da mulher e os direitos sexuais e os direitos reprodutivos. É composta por cerca de 300 filiadas, incluindo grupos feministas, ONGs, núcleos universitários de pesquisa, profissionais de saúde e ativistas do movimento de mulheres, entre outras, presentes em 24 estados brasileiros, que atuam historicamente na área de saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos. A Rede está presente em 23 estados e no Distrito Federal. Esta configuração, reforçada pela presença de regionais da rede em 12 estados da federação, tem possibilitado à Rede Feminista de Saúde desenvolver ações de abrangência nacional, com representação em importantes instâncias de controle social das políticas, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Comissão Nacional de Mortalidade Materna e a Comissão de Monitoramento do Pacto Nacional para a Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.

O trabalho apóia-se na ação voluntária de mulheres em todo o país e consiste em difundir entre as mulheres jovens e adultas informações que permitam o exercício consciente da sua cidadania. Entre as áreas de ação da ONG destaca-se a da comunicação e informação sobre saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos, com a produção de publicações e audiovisuais.

A coordenação política da Rede Feminista de Saúde é de responsabilidade de um Colegiado, composto pelo Conselho Diretor (10 representantes de Regionais, a Secretária Executiva e a Secretária Adjunta). A Assembléia Geral é a instância de definição das linhas de ação programática. Esta Assembléia ocorre por ocasião do Encontro Nacional da Rede Feminista de Saúde, que é realizado a cada dois anos. O último encontro realizou-se em junho de 2008 em Porto Alegre – RS.

A Secretaria Executiva é responsável pela operacionalização dos trabalhos, mantendo também a articulação permanente do Conselho Diretor e a socialização das informações para o conjunto dos grupos, organizações e pessoas afiliadas.

A Rede atua em articulação com outros movimentos sociais, em aliança com Articulação de Mulheres Brasileiras, com as Jornadas Brasileiras pelo Aborto Legal e Seguro, com o Observatório para a Implementação da Lei Maria da Penha, a Campanha dos 16 Dias de Ativismo, integra a Plataforma dos Movimentos Sociais para a Reforma Política, a Coordenação Política da Plataforma Dhesca, sendo o Ponto Focal de duas Campanhas Internacionais – 28 de Setembro para a Despenalização do Aborto e Campanha por uma Convenção dos Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Integra como membro permanente o Conselho Diretor da Rede de Saúde das Mulheres Latinomaericanas e do Caribe e a Rede Mundial de Mulheres pelos Direitos Reprodutivos.

A Rede Feminista de Saúde atua basicamente em dois níveis – na promoção da participação das mulheres com vistas ao seu empoderamento de gênero, através da capacitação para o controle social, advocacy e incidência política; e na comunicação em saúde, difundindo os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, elaborando pesquisas, estudos e divulgando-os para o movimento de mulheres e para a sociedade.