11/03/2014 16:03

Por Lilian Campelo

A Embaixadora da Noruega Aud Marit Wiig e a conselheira Elisabeth Forseth estiveram em Belém, no escritório da Fase Programa Amazônia, na penúltima sexta-feira, dia 21, para conhecer as ações desenvolvidas pelo Fundo Dema e a parceria entre Fundo Dema/Fundo Amazônia. A maior parte do montante dos recursos do Fundo Amazônia são originários da Noruega.

Matheus Otterloo, Presidente do Comitê Gestor, explicou a origem do Fundo Dema. Ele contou que o nome do fundo é em homenagem a uma liderança do movimento social da região da Transamazônica, Alceu Federicci, mais conhecido como “Dema”. O lavrador, que chegou à região como tantos outros agricultores no período da abertura da Transamazônica, fora assassinado em 2001 em decorrência da luta que travou a favor dos direitos dos povos da floresta.

Foi exposto o quantitativo de projetos apoiados nos 32 municípios ao longo dos dez anos do Fundo Dema. Durante uma década foram implementados 310 projetos envolvendo 713 organizações. O resultado, também se deve ao apoio de outros fundos na região, como Fundo Indígena Xingu (FIX) e Fundo Quilombola, criados a partir da necessidade de se efetivar uma maior participação desses dois povos tradicionais no apoio a projetos socioambientais. Há ainda a contribuição do Fundo Amazônia, que este ano está em sua terceira edição para o recebimento de projetos até 30 de maio.

Embora esteja em estado de gestação foi apresentada a Embaixadora e a Conselheira da Noruega o Fundo Autônomo de Mulheres Rurais na Amazônia, projeto piloto que irá atuar na região do Baixo Amazonas.

Fundo educador

Ao longo da conversa foi informado que o Fundo também atua na linha educacional. Graça Costa, integrante do Fundo Dema, falou sobre a importância das Oficinas de Sensibilização e Elaboração de Projetos. “O Fundo Dema não é um fundo que somente recebe os projetos, ele opera também na formação para que as lideranças e comunidades possam elaborar projetos e assim acessar outros recursos, ensinando como fazer a gestão e a prestação de contas”, enfatiza.

O diálogo com a Embaixadora e a Conselheira foi rico de informações acerca da experiência do Fundo Dema, que há dez anos luta por justiça ambiental e climática apoiando pequenos projetos socioambientais na Amazônia Paraense. Elisabeth Forseth se mostrou surpresa com a dimensão das ações que o Fundo Dema desenvolve em regiões do Pará, configuradas por intensos conflitos territoriais, sociais e econômicos.

*Via www.fundodema.org.br