09/11/2022 15:22
O site The Intercept Brasil publicou uma matéria da coluna da jornalista Fabiana Moraes sobre o recém publicado relatório “O agro não é verde – como o agronegócio se articula para parecer sustentável”, produzido pela FASE e o observatório De Olho nos Ruralistas.
O veículo afirma que a pedagógica cartilha produzida divide o setor do agronegócio em quatro grupos: pragmático-reformista, pragmático-ideológico, foco temático e negacionista-ideológico. “O estudo refuta, de saída, o discurso do agro brasileiro ser ‘o mais sustentável do mundo’, expediente que fortaleceu o agronegócio brasileiro ao conectá-lo a uma urgente agenda verde mundial.
Na publicação, são mapeadas as entidades que, apesar de um ou outro tensionamento entre si, atuaram muitas vezes no próprio vácuo deixado pela desastrosa atuação da diplomacia brasileira.
Segundo Bruno Bassi, do De Olho nos Ruralistas, e Maureen Santos, da Fase, a pesquisa e a análise foram realizadas em diversos meios, como páginas institucionais, notas de posicionamento, releases, publicações, campanhas publicitárias, redes sociais, arquivos de jornais e revistas. Além disso, também foram realizadas entrevistas com dirigentes de 49 associações do agro. Treze organizações com atuação mais ativa nas seis últimas edições da Conferência das Partes de clima – da COP22 (Marrakesh, 2016) à COP26 (Glasgow, 2021) – foram selecionadas. Disputas por recursos e financiamento e estratégias narrativas para mostrar boa figura em relação a políticas climáticas, alianças com ONGs ambientalistas e inserções midiáticas foram as questões levantadas.
Perguntei a Maureen quem são as empresas hoje mais alinhadas ao extremismo de direita do governo Bolsonaro – diversas delas envolvidas em casos de assédio eleitoral – e por quais as razões. Estão lá, é claro, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, a Abiec, e a Aprosoja. Por fora, no mesmo espectro, estão empresários como Luiz Antônio Nabhan Garcia, ex-presidente da União Democrática Ruralista, a UDR, atual secretário de Assuntos Fundiários e cotado para assumir uma futura pasta nascida da fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente caso Bolsonaro fosse eleito. “Estão por trás de vários projetos de lei que pedem por questões como, por exemplo, a maior flexibilização de leis e a liberação da grilagem.
Leia a matéria na íntegra em
https://theintercept.com/2022/11/08/socialmente-responsaveis-golpistas-agronegocio/
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