13/02/2015 13:35

Carta Publica dos trabalhadores do Comperj

Carta Publica dos trabalhadores do Comperj

Trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) têm denunciado violações de direitos trabalhistas. As obras do empreendimento foram iniciadas com a promessa de trazer prosperidade e mudança social para a região do Leste Fluminense, mas uma recente manifestação de terceirizados da empresa Alumini demonstrou que não é bem assim. Em protesto, na última terça-feira (10), fecharam a circulação de veículos na Ponte Rio-Niterói, se manifestando em seguida em frente ao prédio da Petrobras e chamando a atenção da mídia e da sociedade civil.

“A obra, agora em crise, tornou-se um canteiro de demissões, de desrespeito aos trabalhadores, entrou em marcha lenta e já há quem diga que pode ser até paralisada. A nossa luta é para que tenhamos nossos direitos básicos respeitados. Não podemos pagar pelos erros que não cometemos”, afirmam os trabalhadores em carta à sociedade.

O Comperj se encontra em Itaboraí, a 45 quilômetros da capital fluminense. Em carta pública, os trabalhadores exigem um posicionamento da Petrobras, responsável pela construção do complexo, e pedem apoio da sociedade na luta pelos seus direitos. Desde dezembro, são quase 3000 trabalhadores que não recebem salário. Outros 500 foram demitidos sem receber as verbas rescisórias.

No documento divulgado, eles revelam se sentir pressionados, ao mesmo tempo, pelas empresas e pelo governo federal, com os recentes cortes nos direitos trabalhistas. Para eles, sua luta não é apenas dos trabalhadores do Comperj, mas de todos os trabalhadores. “Essa luta vai além da questão corporativa: envolve a defesa de direitos básicos de qualquer trabalhador. Quem trabalha e constrói as riquezas desse país não pode ficar refém de disputas políticas e de políticas que salvam as grandes empresas enquanto os direitos trabalhistas são afrontados”, destaca trecho da carta.

Leia aqui: Carta Pública dos trabalhadores do Comperj.