Apesar dos direitos conquistados, as mulheres, principalmente negras, continuam ganhando salários menores que os homens — uma discrepância que fica maior se considerarmos as diferenças de classe social, renda, escolaridade e raça. Nas cidades, a elitização dos espaços públicos acontece em detrimento da garantia de direitos como moradia, transporte e saneamento. Nesse contexto, as mulheres são as mais impactadas por grandes projetos de infraestrutura, que comumente atendem prioritariamente áreas de expansão de negócios privados.

Em relação à violência contra as mulheres, se destaca o avanço de se tornar público as violências que eram tratadas de forma privada, além da conquista de políticas governamentais de atendimento às vítimas. Para as negras, a situação é ainda agravada pelo racismo em suas diferentes expressões.

Diante disso, a FASE toma como central a causa “Organização das Mulheres como Sujeitos de Direitos”, atuando junto a trabalhadoras urbanas, agricultoras familiares, quilombolas, pescadoras e agroextrativistas pelo fortalecimento de grupos de mulheres, redes e fóruns.  

O que move esse trabalho é a formação política e a construção da autonomia econômica das mulheres, já que estes são caminhos para enfrentar as diferentes formas de discriminação. Essa atuação articula ações no âmbito local, regional e nacional, contribuindo com o fortalecimento da identidade delas como trabalhadoras e reconhecendo que a conquista de direitos não está dissociada do processo de auto-organização.

As mulheres, que desempenham um papel central na agricultura familiar e agroextrativista, sofrem em especial os  impactos do avanço do agronegócio. Por isso, a FASE apoia campanhas e desenvolve trabalho educativo, denunciando os prejuízos das monoculturas e do uso de venenos e transgênicos para a saúde humana e o meio ambiente. O incentivo à construção de práticas agroecológicas, que além de diversificarem a produção para uma alimentação adequada e saudável e respeitarem a natureza e as culturas, fortalecem a autonomia das mulheres, também é uma preocupação central.

Conheça Nossas Ações
Movimento liderado pela Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e apoiado pelo programa da FASE no estado que realiza atividades durante o mês de julho com objetivo de sensibilizar e denunciar as condições de vida e trabalho das mulheres negras.

Julho das Pretas

A publicação foi desenvolvida pelas Articuladas, coletivo formado por diversas organizações, dentre elas a FASE. É uma coleção de artigos, entrevistas, relatos e uma linha do tempo da violência institucional, que nos convida a refletir sobre as estratégias de resistência.

Mulheres, resistência e o marco da violência institucional

Apoiar e fortalecer 25 organizações de mulheres, em Pernambuco, Rio de Janeiro e Ceará para mobilização e organização das costureiras domiciliares, incidência político social e difusão de conhecimentos para a construção de condições dignas de vida e trabalho na cadeia da moda.

Costurando Moda com Direitos