17/12/2015 15:20

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Guilherme Carvalho, coordenador do programa da FASE na Amazônia (Foto: FASE Amazônia)

O programa da FASE na Amazônia foi homenageado pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) em reconhecimento a atuação em defesa dos Direitos Humanos. A homenagem ocorreu durante sessão solene realizada na quinta-feira (10), com a entrega da “Medalha de Direitos Humanos Paulo Frota” a Guilherme Carvalho, coordenador da instituição.

Aldebaran Moura, vice-coordenadora, esteve ao lado de Guilherme, que, em discurso, ressaltou a conquista da Declaração Universal dos Diretos Humanos e os desafios dos movimentos sociais na busca de uma sociedade justa. “Hoje, na Amazônia, nós temos uma série de problemas relacionados à violação dos Direitos Humanos. Esse é um grave problema que nós, dos movimentos de Direitos Humanos, vivenciamos. Como desenvolver um país sem que comunidades, sem que populações inteiras sejam prejudicadas para que alguns grupos apenas tenham os seus interesses atendidos?”, questionou.

O coordenador destacou a estigmatização social que sofrem os movimentos sociais que lutam pelos direitos humanos. “Outro grande desafio e problema que nós enfrentamos com relação aos Direitos Humanos é que uma parcela da sociedade hoje identifica esses direitos com a defesa de interesses de bandidos. Uma parte da sociedade acredita realmente, sendo alimentada todo dia pela mídia e outros setores, que quem defende os Direitos Humanos está defendendo bandido. Mas nós sabemos que não é isto. Esse é um direito universal que atende aos princípios básicos de humanidade e solidariedade”, concluiu Guilherme, que também agradeceu a parceria dos Ministérios Públicos Estadual e Federal nas ações desenvolvidas.

A entrega do prêmio foi uma iniciativa do deputado estadual Carlos Bordalo (PT), que atualmente é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alepa e que há alguns anos também atuou como educador da FASE na região do nordeste paraense. “O estado do Pará apresenta ainda sintomas preocupantes de ausência de garantia de direitos fundamentais. São problemas variados, portanto, é fundamental que possamos estimular que a sociedade reaja, que o indivíduo possa se posicionar em favor de seus próprios direitos. Para tanto, a educação é fundamental. É necessário que as comunidades se organizem, lutem por saneamento básico, lutem por um ambiente melhor para viver”, disse o deputado.