Júlia Motta
20/06/2023 15:10

Entre os dias 20 e 21 de junho, aconteceu o “Seminário de Encerramento do Projeto Agricultura Urbana – Produzindo Comida de Verdade e Gerando Qualidade de Vida”, em Recife. O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado de Pernambuco e contou com 30 beneficiárias do projeto. 

A iniciativa foi uma realização da Casa da Mulher do Nordeste (CMN) em conjunto com a FASE, sendo executada pelo Centro Sabiá com apoio da Misereor. 

O projeto, que visa a criação de espaços agricultáveis dentro da cidade, abrange toda a Região Metropolitana do Recife, com hortas e quintais produtivos em 15 comunidades . “Em um ano de projeto, a ação implantou diversas hortas comunitárias e realizou o acompanhamento em lugares onde não se pensou que era possível produzir comida com qualidade”, conta Simone Arimatéia, assistente técnica do Centro Sabiá.

Durante a programação, também foi realizada a a Feira de Saberes com diálogos entre as agricultoras, Varal de Fotografia contando a história do projeto, exposição do Centro Nordestino de Medicina Popular, reforçando a importância da agricultura urbana de base agroecológica para a saúde integral , roda de conversa “Feminismo e Agricultura Urbana”, além de venda e trocas de produtos agroecológicos. 

Sarah Vidal, educadora da FASE Pernambuco, agrônoma e assessora técnica do projeto, destaca a importância da iniciativa para o empoderamento político das mulheres através das discussões acerca do acesso à comida de qualidade. “A alimentação saudável se conecta com um direito à cidade garantido na Constituição, que é o direito à moradia, água, saneamento, educação e saúde”, diz. “E esse processo com as mulheres de troca nos permitiu potencializar a melhoria da qualidade de vida delas e incentivo à incidência política”, completou a educadora.

Na avaliação de Jackeline Gomes, educadora da Casa da Mulher do Nordeste, o projeto foi muito rico ao fortalecer a qualificação de lugares para a instalação da agricultora urbana, além da descoberta de novas possibilidades.

*Estagiária de Comunicação da FASE