Helio Uchôa
23/08/2023 15:04
O programa da FASE em Mato Grosso, com parceria do Fundo Amazônia e da Diaconia, tem propiciado que várias famílias tenham a oportunidade de obter esgoto tratado, lodo estabilizado e gás de cozinha para a preparação de alimentos.
“Nossa percepção é que a tecnologia social dos biodigestores é uma ferramenta importantíssima no processo de consolidação dos sistemas agroecológicos e dos sistemas produtivos. A gente abre esse debate dentro da família, dentro do agroecossistema, de que é possível construir autonomia sem depender de insumos externos. O modelo produtivo da agroecologia é utilizar as energias dos insumos e os produtos que você tem dentro do sistema para fortalecer a sua produção”, ressalta o educador da FASE Robson Prado, que acompanha de perto todos os processos de implementação e manutenção dos biodigestores.
Durante todo o período da iniciativa, já foram construídos cinco biodigestores como unidade demonstrativa nos agroecossistemas familiares de assentamentos em várias partes do estado, sendo um no assentamento Corixo, um no assentamento Laranjeira, um no assentamento Barranqueira e dois no assentamento Roseli Nunes, que estão na fase final de instalação.
“As famílias que vão receber os biodigestores foram selecionadas por aptidão. A gente conhece os ecossistemas, as unidades e as comunidade que possuem mais condições para fazer os processos para a implementação dos biodigestores. Algumas famílias trabalham com leite e possuem acesso com mais facilidade ao insumo que os equipamentos trabalham, o estrume de vaca”, reforçou Robson.
Exemplo disso, a família do Alexandre e da Renata Montani, moradores do assentamento Corixinha, localizado no munícipio de Cáceres, em Mato Grosso, já podem colher os benefícios do biodigestor implementado na propriedade onde residem.
“No começo, as pessoas acham um pouco estranho o biodigestor, ficam se perguntando como vai ser o processo? Será que dá certo? Mas, é uma experiencia muito boa. Eu e meu marido ficamos muito empolgados. O gás produzido é igual ao consumido na maioria das casas”, afirmou a agricultora.
*Estagiário, sob supervisão de Paula Schitine