Rebecka Santos
10/07/2024 17:35
Este ano, a FASE Pernambuco passou a acompanhar a Frente Parlamentar do Rio Tejipió da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Essa Frente busca propor soluções para os problemas socioambientais do curso de água da Bacia do Tejipió, especialmente agravados durante o período de chuvas. Com 20 quilômetros de extensão, o Rio Tejipió nasce em São Lourenço da Mata e atravessa os municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes.
Desde o lançamento da Frente, em março, educadores da FASE têm participado das plenárias e escutas públicas realizadas nas comunidades marginais pelo rio. A última escuta ocorreu na Escola Marcelino Champagnat, no bairro de Tejipió. Na ocasião, André Araripe, arquiteto e urbanista, compôs a mesa do encontro, que também contou com a presença do CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, da Defesa Civil do Recife, da vereadora Liana Cirne, da Universidade Federal de Pernambuco, do Movimento em Defesa da Mata Uchôa e de representante do bairro de Coqueiral.
Durante sua fala, André Araripe destacou que a maior parte do Rio Tejipió está situada na cidade do Recife, onde a gestão municipal está executando o ProMorar – Programa de Requalificação e Resiliência Urbana em Áreas de Vulnerabilidade Socioambiental, que destina 500 milhões para macrodrenagem da Bacia do Tejipió. “O Programa prevê que 50% dos pontos alagamentos do Rio Tejipió sejam sanados”, relembra André.
Além disso, estão planejadas obras de urbanização em 40 comunidades do Recife, com prioridade para aquelas classificadas como Risco 03 e 04. “Essa classificação foi feita a partir do Plano Municipal de Riscos do Recife. A Comunidade de Sapo Nu, por exemplo, é classificada como Risco 04, mas ainda não foi incluída no ProMorar; enquanto outras comunidades de Risco 02 foram contempladas”, chama atenção o educador da FASE PE.
Nesse contexto, a FASE Pernambuco reivindica, através da Frente Parlamentar do Rio Tejipió, que a Comunidade Sapo Nu seja incluída no ProMorar. “Com menos de meia hora de chuva forte, a água já sobe. Poucos dias atrás, eu estava com água no joelho, tive que subir as camas rapidamente. A comunidade não é assistida.”, relata Eduarda Santos, moradora de Sapo Nu.
Na plateia, contribuíram com o debate organizações como Cendhec, Fórum Popular do Rio Tejipió (Forte), e comunidades do entorno, a exemplo de Sapo Nu, Pacheco.
*Comunicadora FASE Pernambuco