25/04/2012 14:27

Uma antiga parceria entre a FASE-Bahia e o Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (SINTRAF) de Presidente Tancredo Neves – bem como o igual apoio da SolSoc-Solidarité Socialiste, organização do movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras da Bélgica – possibilita a construção de alternativas que melhoram as condições de vida e de trabalho de jovens e de mulheres agricultores familiares.

Os trabalhos da FASE-Bahia com apoio da SolSoc, que já estão integrados ao FADOC, começaram nas regiões do Baixo Sul, expandiram-se para outras comunidades de Presidente Tancredo Neves, e hoje alcançam o município de São Miguel das Matas, no Vale do Jiquiriçá. Periodicamente, educadores populares da FASE se somam ao pessoal de outras entidades parceiras integradas ao FADOC na preparação e realização de planejamentos e ações comuns que acabam alcançando também os estados de Pernambuco e do Ceará. Além disso, existem perspectivas de fortalecimento de intercâmbios com organizações atuantes na África, principalmente em Guiné Bissau e Cabo Verde.

Na comunidade do Calumbi I, em Presidente Tancredo Neves, experiências produtivas geridas por mulheres agricultoras são implementadas e acompanhadas em uma das iniciativas da FASE-Bahia. Esse mesmo grupo de mulheres participa ativamente da associação existente na comunidade, a APAC, optando por duas modalidades de projetos produtivos. No Calumbi I ainda existem outras iniciativas apoiadas pela FASE, como é o caso do Programa de Geração de Renda para Jovens Agricultores Familiares e o Projeto AMAs.

Construção coletiva de experiências produtivas

Nos primeiros meses de 2012, os esforços da FASE nesse campo de atuação foram dedicados à assessoria técnica para renovação e ampliação das experiências produtivas das mulheres agricultoras do Calumbi I. Portanto, foram planejados e debatidos novos investimentos destinados à avicultura (galinheiro) e ao viveiro de produção de mudas frutíferas e ornamentais.

No caso do aviário, foi feita a preparação para a recepção e instalação dos equipamentos, como o bebedouro, o círculo de proteção e lâmpada para aquecimento dos pintos. Na experiência produtiva do viveiro, as estacas de madeira foram substituídas por estacas de cimento, de modo a permitir uma ampliação do espaço disponível para crescimento das mudas – uma demanda das próprias mulheres.

Os trabalhos de assessoria da FASE em Presidente Tancredo Neves, são assumidos pela técnica agropecuária Rosélia Melo. Periodicamente, outros educadores populares da FASE, como Fernando Oiticica, também participam ativamente dos trabalhos feitos na comunidade.