03/11/2016 17:16
Associações de moradores e pescadores da região atingida pelo Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), no Recife, em Pernambuco, realizaram Ato Público com objetivo de denunciar² a violência praticada pelo empreendimento. A concentração foi no Parque 13 de Maio, de onde a passeata partiu em direção ao Palácio do Governo.
A garantia de moradia digna às famílias já despejadas e da permanência e consolidação das comunidades tradicionais nos seus territórios, com a regularização fundiária e ações que garantam a sustentabilidade de agricultores e agricultoras familiares e pescadoras e pescadores estão entre as principais reivindicações das comunidades. Elas também pedem o fim da violência na região, praticada por milícias armadas.
Durante o percurso, diversas lideranças tiveram a palavra e reforçaram as denúncias. As reivindicações foram organizadas em um documento assinado pelas associações comunitárias das populações tradicionais do território atingido pelo CIPS, diversas organizações da sociedade civil, sindicatos e movimentos sociais. Uma comissão foi recebida pelo secretário da Casa Civil, André Campos, que se comprometeu a agendar uma reunião com a presença da presidência do CIPS e dos secretários das pastas relacionadas ao conjunto de propostas apresentadas no documento.
O evento contou com a articulação do Fórum Suape – Espaço Socioambiental e o apoio de organizações não governamentais que atuam na região metropolitana do Recife e Zona da Mata Sul, assim como movimentos sociais como o Movimento dos Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O ato fez parte da campanha Suape Insustentável, que será lançada com propósito de dar visibilidade ao rastro de violência que tem sido deixado pelo CIPS ao longo dos anos.
[1] Notícia publicada originalmente no site do Fórum Suape, do qual o programa da FASE em Pernambuco é parte.
[2] Denuncias tem sido sistematicamente acompanhadas e publicadas no boletim mensal do Fórum. Leia as edições de julho, agosto, setembro e outubro.