13/03/2013 12:06

Por Carolina Vaz, da FASE

 Uma das cooperativas assessoradas pela FASE de Mato Grosso ficou entre as 30 finalistas do Prêmio “Mulheres Rurais que produzem o Brasil Sustentável”. A Associação Regional de Produtoras Extrativistas do Pantanal (ARPEP), de Cáceres, recebeu um troféu na premiação hoje (13), em Brasília.

Duas representantes da ARPEP compareceram ao evento: a presidente, Maria Alves Miranda, e a tesoureira, Cleonice Maria da Silva. A associação conta com 30 mulheres e um homem, que fazem a extração de babaçu, cumbarú e pequi. Com esses produtos, fabricam pães e biscoitos vendidos em Cáceres e Mirassol d’Oeste para creches e asilos, além do governo, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de escolas, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Assim, atendem a cerca de 4500 pessoas.

A ARPEP existe desde 2003, porém só se registraram há quatro anos. Maria Alves assinala que é muito importante para o grupo o reconhecimento conferido pelo Prêmio. A associação foi uma das três finalistas do Cerrado, e a única do estado do Mato Grosso.

Segundo Fran Paula, técnica da FASE MT, esse é o grupo assessorado pela FASE Mato Grosso que tem a maior proporção de mulheres. Por esse motivo, a FASE as inscreveu no Prêmio. Para ela, o reconhecimento é duplo. “Além da valorização do trabalho que elas desenvolvem, com foco no extrativismo, na produção de alimentos saudáveis, com acesso aos programas de governo, também avaliamos como positivo para o próprio trabalho da FASE”.

Premiação

O Prêmio foi uma iniciativa da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em parceria com a Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais (DPMR/MDA), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A solenidade de entrega dos troféus foi presidida pela ministra Eleonora Menicucci, da SPM, e estiveram presentes também representantes de outras entidades parceiras. Segundo o site da SPM, participaram 517 trabalhos de grupos de extrativistas, agricultura familiar, assentadas pela reforma agrária, quilombolas, indígenas, entre outros. O site ainda diz que o concurso ajudou a criar um banco de dados sobre as organizações, e que as experiências dos grupos podem servir de base para futuras políticas públicas.