Água – Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
Garantir água para os seres humanos, para os demais seres vivos e para a própria natureza é uma das prioridades para que a Terra recupere seu equilíbrio climático. O Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS), do qual a FASE faz parte, apresenta neste documento, lançado na Semana da Água, alguns de seus posicionamentos políticos em relação ao tema. Entre as apostas, investir em iniciativas locais de cuidado com a água e na disputa por políticas públicas que apoiem o combate ao desmatamento e a recriação de coberturas vegetais no Cerrado e na Amazônia, biomas essenciais para o ciclo positivo das águas no Brasil e em toda a América do Sul.
Carta aberta à FAO: “plantações não são florestas”
Em 21 de março, Dia Internacional das Florestas, 200 organizações relembram à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de que sua definição de floresta, datada de 1948, deve ser alterada. Essa definição ultrapassada permitiu que a indústria de madeira, celulose, embalagens e papel escondesse os impactos ambientais, políticos e sociais das monoculturas de árvores, que estão por trás de uma imagem florestal positiva. O texto destaca que seria uma tragédia se a definição equivocada da FAO tornasse a expansão dessas plantações de árvores nocivas elegíveis para receber fundos climáticos destinados a “reflorestamento” e “restauração da paisagem florestal”. A FASE, que sempre combateu o deserto verde e todo impacto da indústria da celulose na vida dos quilombolas do Espírito Santo, endossa a carta e também alerta sobre os perigos dos mercados de carbono.
8ª EDIÇÃO DO BOLETIM FÓRUM SUAPE
A publicação de fevereiro traz as seguintes notícias: Fórum busca aperfeiçoar diálogo com comunidades; Denúncia ao Conselho Estadual de Direitos Humanos; Morre o último morador nativo da Ilha de Tatuoca; Fórum cobra resposta da prefeitura do Cabo; Água das comunidades é desviadas para Coca-Cola; e Articulação Bota o Pé se reúne na sede do Fórum. O informativo mensal é editada pelo Fórum Suape Espaço Socioambiental, articulação que o programa da FASE em Pernambuco faz parte.
Carta de protesto contra a agência JICA
Carta em protesto contra a atuação da JICA (Agência Japonesa de Cooperação Internacional ) no âmbito do ProSavana, um programa de cooperação triangular Moçambique-Brasil-Japão, já recebeu cerca de 70 assinaturas, entre instituições e apoios individuais. Organizações e movimentos sociais brasileiros, japoneses e internacionais fortalecem a luta de organizações da sociedade civil de Moçambique, que denunciam os desmandos da JICA. Dizem que sua atuação coloca em risco valores como: a soberania popular, a governança democrática e do direito a resistir. Esses e outros direitos foram duramente conquistados pelos povos de Moçambique por meio de lutas coloniais de libertação e do prolongado conflito armado pós-independência.
Solidariedade a grupo de pesquisa alvo de calúnias
A Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) se solidariza com o Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA/UFMA), que sofreu ameaças e calúnias anônimas após produzir conhecimentos junto a territórios ameaçados por um empreendimento voltado para o agronegócio. Há anos o grupo realiza pesquisas e trabalhos de extensão na Reserva Extrativista (Resex) Tauá Mirim. A zona rural do município de São Luís do Maranhão, especificamente a Comunidade Cajueiro, que tem parte de seu território na Resex, tem sido ameaçada de remoção para dar lugar a um porto. Para os interessados nos negócios privados do referido projeto, o cumprimento desse trabalho do GEDMMA, coerente ao papel da universidade pública, seria uma interferência inadmissível. Diante da situação, a RBJA, da qual a FASE é parte, presta solidariedade e reforça que inadmissível mesmo é o saque de bens comuns que se pretende com o empreendimento.
Carta contra entrega da Base de Alcântara aos EUA
Documento contra a entrega de uma parte do território do Brasil– a Base de Alcântara, situada no estado do Maranhão – para o controle militar dos Estados Unidos que reúne mais de 120 organizações, entidades e militantes, inclusive a FASE, foi entregue no Ministério das Relações Exteriores, no Congresso Nacional, na Comissão de Ciências e Tecnologias da Câmara dos Deputados e na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Trata-se também de uma iniciativa das entidades que estavam à frente do Plebiscito Popular contra a Alca, realizado em 2002, em consonância com 8º Grito dos Excluídos que exclamava “Soberania Não se Negocia!”. Entre as três perguntas do Plebiscito constava: “O governo brasileiro deve entregar uma parte de nosso território – a Base de Alcântara – para controle militar dos EUA?”. Cerca de 10 milhões responderam “não”.
Juventude e direitos na cidade
Nesta publicação, seis organizações na sociedade civil apresentam metodologias de atuação com jovens em nove municípios brasileiros, onde o objetivo do projeto foi ampliar processos de organização e de participação política de jovens de baixa renda, criando alternativas de melhorias em suas condições e perspectivas de vida. A FASE participa apresentando trabalhos com jovens em três regionais: programa Rio de Janeiro, com moradores do Conjunto de Favelas da Maré; programa Pernambuco, com juventudes da região metropolitana do Recife e no apoio ao Fórum das Juventudes de PE; e programa Amazônia, com atuação junto a jovens da região metropolitana de Belém e no monitoramento do episódio conhecido como “Chacina de Belém”.
Carta contra os retrocessos da MP 759
Cerca de 90 organizações e movimentos sociais, inclusive a FASE, assinam carta para impedir os retrocessos previstos pela MP 759, o Novo Marco Legal da Regularização Fundiária. A medida rompe com regimes jurídicos de acesso à terra, de regularização fundiária de assentamentos urbanos – tais como ocupações e favelas – e altera as regras de venda de terras e imóveis da União. Em conflitos, assentamentos organizados (rurais ou urbanos) não poderão mais utilizar o princípio da função social da terra para se defenderem. Além disso, a regularização fundiária, um direito conquistado ao longo de anos de luta, poderá se tornar um pretexto para concentração de terras e para a anistia de condomínios irregulares de alto padrão, que inclusive podem estar situados em áreas de preservação ambiental.
OPEN LETTER IN DEFENSE OF THE CERRADO
Peasants, Family Farmers, Indigenous Peoples, Quilombolas, Collective Land Users, Fisherfolk, Social Pastorals, Civil Society organizations including FASE, supporters of the National Campaign for the Defense of the Cerrado; representatives of Mozambican peasant communities, Japanese environmental activist, as well as Brazilian organizations participating in the No to ProSavana Campaign; after convening to debate the processes of the Cerrado’s land destruction and its impacts and consequences on the peoples; manifest rejection of PDA MATOPIBA and ProSavana and confirm position in defense of the Cerrado and of the peasant communities of the Nacala Corridor in Mozambique.
7ª EDIÇÃO DO BOLETIM FÓRUM SUAPE
Nesta edição, o boletim traz as seguintes notícias: Organização da Holanda visita Suape; Fórum Suape e Conectas estreitam parceria; Atuação da FASE na Campanha Nem Um Poço A Mais; CIPS fechou o ano praticando mais violência; Encontro com representantes da embaixada Holandesa; Fórum acompanha inquéritos no Ministério Público sobre conflitos entre Suape e posseiros. A publicação mensal é editada pelo Fórum Suape Espaço Socioambiental, articulação que o programa da FASE em Pernambuco faz parte.
Ciclo de água urbano e serviços públicos essenciais
Esta publicação faz parte de uma série de cadernos de trabalho da Waterlat-Gobacit. O número, editado em dezembro de 2016, traz textos (em espanhol, inglês e português) que debatem a temática “água” em diferentes ângulos, apresentado a realidade de países como Argentina, México, Colômbia, Haiti e Brasil. Alguns dos aspectos abordados são: a neoliberalização dos serviços de água; as lutas sociais contra a sua privatização; as políticas públicas relacionadas à questão; a desigualdade na distribuição de água em áreas urbanas; assim como as contradições e conflitos que rodeiam a água como bem público, como bem comum, como mercadoria e como um direito humano. Evanildo Barbosa, diretor da FASE, participa com o artigo “Paradoxos na construção democrática brasileira: o Plano Nacional de Saneamento Básico”.
Articulando Resistências no Sul Global
O Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (FETRAF), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), a FASE , o INESC, o IBASE, a Rede Brasileira de Justiça Ambiental, o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), em parceria com o Observatório Brasil e o Sul e com o apoio da Oxfam Brasil, apresentam o estudo: “Articulando Resistências no Sul Global”. Além de identificar e refletir sobre a atuação internacional de atores sociais brasileiros vinculados às questões agrária e agroalimentar, esta publicação registra em fichas suas diversas experiências transnacionais.
6ª Edição do Boletim Fórum Suape
O “Fórum em Ação” número seis, boletim publicado em dezembro de 2016, traz as seguintes notícias: Organizações aguardam resultados de denúncia internacional; Mesa de negociações entre comunidades e o Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS); Fórum lança Campanha “Suape Insustentável”; e Empresa holandesa de seguros de crédito à exportação está diretamente ligada a irregularidades em Suape. A publicação mensal é editada pelo Fórum Suape Espaço Socioambiental, articulação que o programa da FASE em Pernambuco faz parte.
O rastro de destruição das transnacionais da América Latina
O que o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), maior crime socioambiental da história do Brasil, tem a ver com a contaminação de 480 mil hectares de florestas e rios com petróleo da Chevron-Texaco, no Equador? Qual é a encruzilhada onde se encontram os atingidos pela ação das transnacionais Vale e BHP e os atingidos equatorianas pela petroleira de origem estadunidense? Este boletim chamado Ponto de Debate, elaborado pela Fundação Rosa Luxemburgo, traz dois artigos que respondem a estas questões. Diana Aguiar, do Grupo Nacional de Assessoria (GNA), discute o modus operandi de grandes empresas na América Latina e a prática sistemática de violações de leis e direitos. Já Pablo Fajardo, advogado das populações atingidas pela Chevron, relata uma luta de 20 anos por justiça e aponta caminhos às vítimas de crimes similares.
Repúdio ao substitutivo da Lei de Licenciamento Ambiental
Mais de 140 entidades da sociedade civil lançaram uma nota repudiando o substitutivo de lei do deputado Mauro Pereira (PMDB/RS) à lei 3.729/2004, pretendendo estabelecer uma nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental. A proposta foi apresentada pelo parlamentar em setembro de 2016 e não passou por nenhum debate, audiência pública, sessão da Câmara ou qualquer forma de discussão no parlamento ou na sociedade. A FASE está entre as organizações que negam o texto que pode criar uma verdadeira “fábrica de Marianas”.
Documento pede fim da expansão petroleira
Declaração publicada em dezembro de 2016, após o seminário da Campanha “Nem Um Poço A Mais”, reúne mais de 60 assinaturas de organizações, movimentos sociais, fóruns, redes e coletivos com objetivo de barrar a expansão petroleira.
CAMPAIGN LETTER NOT WELL ON INTERNATIONAL HUMAN RIGHTS DAY
The Neither Well Poem Campaign manifests itself on the occasion of International Human Rights Day and draws attention to violations of rights and harmful actions committed by the oil industry in Brazil. The document lists 12 important topics related to “petroleodependência” and we call on the people, their organizations, networks and forums of Brazilian society to join in the struggles to stop the oil expansion. “For free areas of oil, for territories free for life! Leave the oil in the basement, “said the text prepared in a national seminar held in December 2016 in Ponta da Fruta, Vila Velha (ES)
Carta da Campanha Nem Um Poço no Dia Internacional de Direitos Humanos
A Campanha Nem um Poço a Mais se manifesta em ocasião do Dia Internacional de Direitos Humanos e chama atenção para as violações de direitos e ações prejudiciais cometidas pela indústria do petróleo no Brasil. O documento elenca 12 importantes tópicos relacionados à “petroleodependência” e conclamamos as pessoas, suas organizações, redes e fóruns da sociedade brasileira a se somarem às lutas para barrar a expansão petroleira. “Por áreas livres de petróleo, por territórios livres para a vida! Deixe o petróleo no subsolo”, destaca o texto elaborado em seminário nacional realizado em dezembro de 2016, em Ponta da Fruta, Vila Velha (ES).
Tekoha: Direitos dos Povos Guarani e Kaiowá
Relatório da visita da comitiva do Consea ao Cone Sul do Mato Grosso do Sul entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro de 2016, constatou um quadro de violência com mortes por assassinato, manifestações de preconceitos e violação de direitos humanos, em especial o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). A expansão do agronegócio, com um alto nível de degradação ambiental e contaminação por agrotóxicos do solo e dos mananciais, e o verdadeiro confinamento a que estão submetidos esses povos estão a exigir dos poderes públicos o enfrentamento da raiz dos problemas com a resposta da demarcação e titulação de terra, a garantia do Direito Humano à Alimentação e o acesso a políticas públicas, em conformidade com as cláusulas de nossa Constituição cidadã.
Proibir sacrifício de animais para fins religiosos é racismo
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), recomenda ao Supremo Tribunal Federal que negue provimento ao recurso 494.601, que trata do sacrifício de animais para fins religiosos, pois considera que tal recurso é uma manifestação de racismo e de cerceamento do direito às práticas tradicionais dos povos tradicionais de matriz africana.