Esta edição aponta que o tema das barragens colocou no palco da história brasileira atores que, lutando contra a expropriação da terra, trazem à tona novos elementos para que a sociedade amplie a sua compreensão sobre o campo. Populações atingidas por barragens trouxeram no processo de construção de suas identidades questionamentos do modelo autoritário de planejamento do Estado, em particular, da política energética. Passaram em muitos casos a se antecipar à construção de barragens hidrelétricas, questionando e impedindo as construções que desalojariam milhares de camponeses e destruiriam todo um modo de vida. Esses movimentos estão inseridos na luta pela cidadania e colocam questões novas para a educação popular.

“Um projeto de educação popular só é legítimo quando supõe a soberania popular como princípio, meio e fim de qualquer processo social concreto. Sem esta condição não é possível qualificar os experimentos político-educativos como populares ou libertadores. A democratização da sociedade não é um simples artifício operacional ou tático. Entendida como um processo permanente de ampliação da soberania popular, constitui condição indispensável para a transformação histórica a ser empreendida pelas classes populares. Representa, também, uma conquista que transcende interesses particulares e se universaliza”, destaca o editorial desta edição da Proposta. Com base nessas premissas, a revista dá início a uma reflexão sobre o valor democrático das lutas populares.

A política agrícola, como questão que aflora nas lutas dos movimentos sociais no campo, aqui e lá, às vezes de forma parcial e descontínua, mas como um grande nó condensador de contradições, está se tornando um setor estratégico para quem atua em educação popular em áreas rurais. Para os movimentos de trabalhadores rurais brasileiros, está ficando cada vez mais claro o papel central da política agrícola. A edição “Trabalhadores rurais – Fazer nossa política agrícola” aponta que a política agrícola, concebida e conduzida dissociada da reforma agrária, voltada a “liberar” as chamadas leis do mercado favoráveis aos grandes negócios agrícolas, colide com a necessidade e as aspirações de democratização das relações sociais no campo brasileiro.

Este número da Revista Proposta traz experiências de produções audiovisuais feitas de forma coletiva e popular. Esperamos poder trazer alguns subsídios para os produtores, os usuários e o público em geral, no sentido de fortalecer o debate e a reflexão sobre o papel da comunicação popular no processo de transformação social.

O número 42 da Revista Proposta retoma o tema dos assalariados rurais, abordado na sua 26° edição, trazendo novas visões sobre os trabalhos que foram abordados. Também falamos das dificuldades no trabalho educativo junto aos trabalhadores do campo – principalmente os bóias-frias – e das greves dos profissionais desse setor pelo país.

Lavradoras, operárias, donas de casa…as mulheres sempre estiveram presentes nas páginas da Revista Proposta. Assim, neste número é falado sobre a sua presença cada vez maior nas mobilizações populares e o fato delas terem o poder de mudar as estruturas dos movimentos os quais representam. Um trabalho que nos desafia e faz com que a gente avalie a qualidade do nosso trabalho nos vários programas em que contamos com a atuação feminina

O presente número da Revista Proposta pode ser considerado parte de um balanço, numa perspectiva histórica, das preocupações com a reconstrução do movimento operário brasileiro. Tudo isso porque o chamado “novo sindicalismo” comemora uma década de existência, mas algumas das tarefas essenciais da construção de um movimento operário independente dos partidos políticos e do Estado, foram levantadas precocemente na grande greve de 1953 em São Paulo e em 1968 (Contagem-MG e Osasco-SP).

Neste número, trazemos reflexões político-educativas sobre as demandas permanentes dos diversos segmentos da sociedade urbana no Brasil.

Nesta edição, a Revista Proposta aponta caminhos de luta dos pescadores artesanais, fomentando a produção e divulgação de conteúdos sobre experiências, análises e as histórias daqueles que praticam esse conhecimento tradicional há anos.

A ideia deste número é registrar as informações sobre experiências de participação popular no processo constituinte. A partir da concepção de que a Constituição também se faz nas bases, no cotidiano dos movimentos populares, no sentido de que o ato de “constituir” extrapola as atividades do Congresso Nacional, e se legitima na prática dos cidadãos. A revista apresenta alguns exemplos de movimentos, grupos, entidades que buscaram interferir na elaboração da Constituição.

Esta edição da Revista Proposta aprofunda o tema das “Tecnologias Alternativas na Agricultura”, trabalhado na edição número 27. São discutidas questões relativas à área de comunicação, documentação e difusão desses novos artifícios, assim como as suas implicações no trabalho das redes estaduais, centros de tecnologias e em cursos para técnicos, monitores e agricultores

Neste número, a Revista Proposta fala sobre os mutirões populares acompanhados pela FASE na Zona Sul da cidade de São Paulo. Todos lutam contra o déficit habitacional da cidade, abrindo mão de momentos de repouso e lazer para construir o que lhes é negado pelos dominantes. Consideramos fundamental estimular o debate sobre essas iniciativas e o processo educativo por trás delas para que continuem sendo organizadas pelo povo, conquistando a cidadania que lhes é de direitos e expondo a necessidade de uma reforma urbana.

A 34° edição da Revista Proposta fala sobre o trabalho da FASE de assessoria aos trabalhadores rurais da cidade de Nova Timboteua (PA) no seu processo de organização sindical.

Nesta edição da Revista Proposta, são analisados aspectos da realidade vivida pelos operários no Brasil. Os textos falam de vivências acompanhadas pela FASE – que desenvolve um trabalho com membros dessa categoria – e apresentam algumas colocações e questionamentos importantes de serem feitos.

A 32° edição da Revista Proposta fala do Congresso do Movimento Laico para a América Latina (MLAL), realizado em agosto de 1986. Também são tratados temas como a educação popular no contexto da América Latina, lembrando experiências italianas e a importância dos movimentos populares e alternativos nesse sentido.

Nesta edição, são apresentadas algumas iniciativas voltadas para produção, comercialização e consumo da plantação de pequenos agricultores rurais. Uma alternativa em meio à falta de uma política pública fundiária e agrícola específica para essa parcela da população.

Os textos que compõem a 30° edição da Revista Proposta relatam experiências de educação popular no processo de formação sindical. A ideia é que os conteúdos apresentados possam alimentar o debate sobre esse trabalho de capacitação em si e as diferentes abordagens e metodologias utilizadas.

Nesta edição da Revista Proposta, descreveremos uma das experiências urbanas que nasceu com a participação da FASE, expandiu-se e hoje tem a sua identidade: o movimento dos moradores em ocupações de moradias irregulares no Rio de Janeiro

A FASE criou em 1975 o Programa Recursos Pedagógicos. O objetivo era fortalecer as ações do movimento popular com a produção de materiais audiovisuais ou impressos. Sendo assim, o número 28 da Revista Proposta traz um compilado das avaliações, debates e produções realizadas nos últimos 10 anos com profissionais da área de comunicação. A ideia é contribuir para que o educadores populares ou ativistas sindicais “não se trumbiquem”, como diria Abelardo Barbosa – o Chacrinha – na hora de se comunicar.

Este número da Revista Proposta procura ser uma caixa de ressonância para o debate que se trava no Brasil em torno da dimensão tecnológica da questão agrária no Brasil, especialmente em relação à pequena produção.