Porto Maravilha: alegoria de um Brasil em desencontro com o Brasil

Este ensaio de Aercio Barbosa de Oliveira, coordenador da FASE Rio de Janeiro, aborda a experiência de mobilização social com moradores e moradoras do Morro da Providência para evitar remoções de famílias causadas pelo projeto de urbanização na capital. Além disso, analisa como as elites ignoram a realidade brasileira ao produzirem pastiches, com base naquilo que é produzido fora do país.
A revista “Em Pauta: teoria social e realidade contemporânea” é um veículo de divulgação científica da Faculdade de Serviço Social da UERJ e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social. Seu foco é a compreensão de determinações e contradições sócio-históricas que envolvem a esfera da política e o mundo do trabalho, com destaque para as lutas sociais no Brasil e nos países hispano-americanos.

Carta de apresentação da Rede de Vigilância Popular de Saneamento e Saúde

A Rede de Vigilância Popular em Saneamento e Saúde nasceu da vontade coletiva de manter viva a luta pelo Direito Humano à água, ao saneamento e à saúde no estado do Rio de Janeiro. A Rede foi criada em 2022, após intenso processo de resistência social à concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro

Apartheid alimentar e o privilégio de comer no Brasil

Não bastou segregar os corpos negros, mas também distancia-los de tudo que os mantém vivos, incluindo a alimentação saudável

Nota de repúdio da Campanha Nem um Poço a Mais contra a Licença de Instalação do Porto Central

Nós da Campanha Nem Um Poço a Mais repudiamos a emissão da Licença de Instalação pelo IBAMA e o lobby que vem sendo feito pela SEAMA para a construção do Porto Central sobre 1.712 hectares de vegetação, sendo 912 hectares de vegetação nativa protegida (Leis 11.428/2006 e 12.651/2012), e 220 há em Áreas de Preservação permanente (APP). Somente a área diretamente afetada pelo porto corresponde a 66% das áreas de vegetação que deveriam ser protegidas pelos senhores!

Carta Compromisso Encontro Paraense de Agroecologia

Este documento é resultado do Encontro Estadual de Agroecologia, realizado em Santarém, com o tema “Agroecologia, tecendo redes por Soberania Alimentar e Popular nos territórios Amazônicos”.
Através de muito diálogo, meses de debate, atividades de projetos comunitário, o encontro potencializou as redes de luta pela agroecologia e a soberania alimentar.

A Conferência da Água das Nações Unidas: uma avaliação

Depois de mais de quatro décadas, foi realizada entre 22 e 24 de março a Conferência Mundial da ONU, que teve como objetivo principal avaliar os avanços no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6: acesso universal à água e ao saneamento.

Processo seletivo para Educadora ou Educador Popular – FASE RJ

A FASE RJ inicia processo de seleção para contratação de Educador/a Popular – Técnico/a em Planejamento e Desenvolvimento Social para atuação nas suas ações. A candidatura de pessoas interessadas e com o perfil adequado para a vaga, conforme indicado no documento de divulgação da seleção, poderá ser realizada por meio do formulário (https://forms.gle/RPLYmmx6Q7Nbvue49) até o dia 23 de abril de 2023.

A água como bem comum: universalização do acesso e controle social

A prioridade é o atendimento das demandas coorporativas em detrimento das necessidades sociais. Dessa forma, a sustentabilidade não passa de um simples recurso discursivo .

A Habitação no Rio: velhas e novas práticas que perpetuam e aprofundam as desigualdades socioterritoriais no centro

Entre as tantas chagas sociais no Brasil, destaca-se o histórico déficit habitacional. De acordo com dados de 2016-2019, analisados pela Fundação José Bonifácio, o Brasil tem um déficit habitacional quantitativo de cerca de 6 milhões de moradias e um qualitativo de 25 milhões de residências inadequadas. A falta e a inadequação da moradia predominam entre quem ganha de 0 a 3 salários mínimos. A mesma análise aponta um déficit habitacional quantitativo no estado do Rio de Janeiro de cerca de 500 mil moradias. Os números foram registrados antes da pandemia do novo coronavírus. Seguramente esses números aumentaram, acompanhados, também, do crescimento da população em situação de rua.

Os efeitos da economia do “Empreendedorismo de si”

No Brasil, devido à nossa trágica formação social – escravismo, patrimonialismo e patriarcado – esses valores que se deslocaram do universo econômico para ocupar quase todos os espaços da vida cotidiana, que mais parece uma nova religião, agravam nossa tragédia. De um lado temos a conhecida teologia da prosperidade dos neopentecostais, onde o crente pode conjugar a busca por ganhos materiais e uma nova vida no Reino dos Céus, do outro, o sujeito “empreendedor de si”.

A violência toma conta da política

No Brasil, temos cerca de 700 mil pessoas andando armadas sem fiscalização ou com pouca. Bolsonaro já editou 19 decretos, 17 portarias, duas resoluções, três instruções normativas e dois projetos de lei que flexibilizam as regras para ter acesso a armas e munições. À noite, para fechar o dia, uma pessoa que assume ideias neonazistas, brasileira, tenta assassinar a vice-presidenta da Argentina Cristina Kirchner

Imposição da fome é racismo alimentar

Franciléia Paula, da FASE, critica depoimento de governador de Mato Grosso sobre população ter acesso a ossos de qualidade. “É a naturalização da fome, um projeto necropolítico”

Energia eólica: a omissão e a conivência dos órgãos ambientais

Heitor Scalambrini Costa* Nosso país possui um enorme potencial em energias renováveis, em particular a energia dos ventos (energia eólica) na região Nordeste, com a…

Desafios e entraves para a reconstrução do Brasil

Jorge Eduardo Durão* Recentemente, o presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira, fez acender um sinal de alerta para os que apostam na possibilidade de,…

Guerra na Ucrânia, Rússia, OTAN e a refundação da ordem mundial

Jorge Eduardo S. Durão* Não podemos abordar a questão da invasão da Ucrânia pela Rússia sem expressarmos inicialmente o mais contundente repúdio ao recurso à…

Tragédia em Petrópolis: Será esse o futuro das metrópoles?

Aercio B. de Oliveira e Bruno França* Morro do Bumba, em Niterói, 2010; Região Serrana do Rio de Janeiro, 2011; Xerém, em Duque de Caxias,…

Dor, indignação e admiração presentes na Audiência das Águas

Tribunal dos Povos apresenta denúncias de apropriação privada e a contaminação das águas do Cerrado

Justiça por Moïse

A situação dos congoleses, angolanos e haitianos no Brasil é terrível e atravessa governos de centro-esquerda e extrema-direita de forma surpreendentemente parecida. O racismo estrutural bloqueia avanços profundos. Eles têm as nossas lágrimas, mas só podem contar com eles mesmos