Protocolo de Consulta Munduruku
O povo Munduruku diz que o governo federal não pode consultá-lo apenas quando já tiver tomado uma decisão sobre a construção de um empreendimento. A consulta deve ser antes de tudo. Fala isso, inclusive, sobre o plano de se ter uma hidrelétrica no rio Tapajós (PA), onde esse povo indígena está presente em pelo menos 130 aldeias. A decisão Munduruku deve ser sempre coletiva. Essa afirmação e outras mais constam no Protocolo de Consulta Munduruku, documento elaborado após um largo ciclo de conversas e articulações entre o Movimento Munduruku Ipeg Ayu, as associações Da’uk, Pusuru, Wuyxaximã, Kerepo e Pahyhyp, o Ministério Público Federal (MPF) e organizações da sociedade civil, dentre elas a FASE. A publicação é um dos resultados do projeto “Consulta prévia, livre e informada: um direito dos povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia”.
Protocolo de Consulta Montanha e Mangabal
Beiradeiros da Associação de Moradores de Montanha e Mangabal, reunidos em setembro de 2014, elaboraram um Protocolo de Consulta. No documento, ressaltam que não são invisíveis e não abrem mão de seus lugares. No passado, grileiros diziam que ninguém vivia nessas comunidades, que ficam no oeste do Pará. Mas essa população lutou e conquistou o direito à terra. Agora, o governo federal planeja construir barragens no Tapajós sem consulta prévia. Porém, foi no beiradão do rio que nasceram, foram criados e enterraram seus pais e seus filhos. Pegaram malária, cortaram seringa, pescaram, fizeram roças, entre outras atividades. A elaboração do protocolo foi assessorada pelo projeto “Consulta prévia, livre e bem informada: um direito dos povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia”, que reuniu diversas organizações, dentre elas a FASE, e pelo Ministério Público Federal (MPF).
FASE Amazônia colabora com novos Protocolos de Consulta no PAE Lago Grande
Comunidades agroextrativistas, indígenas e quilombolas do assentamento PAE Lago Grande celebram a publicação de quatro protocolos que protegem seus territórios do avanço da destruição
Regularização Fundiária nas Florestas Amazônicas
A publicação “Trilhas da Regularização Fundiária para Comunidades nas Florestas Amazônicas” democratiza informações sobre o passo a passo da regularização fundiária para que as comunidades da Amazônia superem as barreiras burocráticas e fortaleçam a organização comunitária e a luta pelo direito à regularização fundiária. De forma bastante didática e em linguagem acessível, traz cinco principais questões a serem respondidas para avançar na regularização: essa terra é de quem?; que órgão do governo pode documentar a terra?; individual ou coletivo: que história é essa?; título de domínio ou concessão; e quais as modalidades de regularização?. A partir destes pontos, esta publicação prega pela defesa do modo de viver dos povos das águas e florestas, empoderando-os enquanto sujeitos ativos da produção da Amazônia que queremos, ou seja, mais justa e sustentável.
ENCONTRO DAS ÁGUAS – Santarém (PA)
No contexto do Encontro das Águas, realizado em Santarém (PA), organizações publicam carta em defesa dos rios Juruena, Tapajós e Teles Pires. “São veias que conectam vidas e histórias comuns, por isso é importante e necessário que pensemos nestes territórios de forma integrada, para assim fortalecermos nossos modos de vida. Não estamos isolados e a destruição de um é a condenação dos demais”, destacam no texto. As entidades também afirmam: “o ‘desenvolvimento’, tão defendido por quem concebe a Amazônia como fonte inesgotável de recursos, nunca nos beneficiou. É promotor de conflitos socioambientais, desigualdades, violência, pobreza, desmatamento, poluição dos rios e mudanças climáticas”. A carta denuncia impactos negativos levados por grandes projetos, como hidrelétricas, portos, ferrovias, hidrovias, mineração, madeireiras, monoculturas.
FASE Amazônia promove curso sobre produção de farinha de mandioca e derivados
Capacitação reuniu 30 agroextrativistas da região do Lago Grande para debater as etapas de produção, melhorias nos processos e formas de valorização dos alimentos
Organizações repudiam homenagem a juiz
Organizações da sociedade civil que atuam em Santarém (PA), inclusive a FASE, repudiaram a decisão do prefeito do município, Nélio Aguiar, de conceder a medalha Padre João Felipe Bettendorf ao juiz federal Airton Portela, no contexto das comemorações do aniversário da cidade, dia 22 de junho. A medalha tem como objetivo homenagear profissionais que contribuíram com Santarém e sua gente, não sendo esse o caso do homenageado. “Quando esteve responsável pela Justiça Federal em Santarém, esse magistrado publicou uma Sentença com conteúdo racista e discriminatório contra os povos indígenas da região”, expõe o documento. O texto lembra que o homenageado tentou “anular a demarcação da Terra Indígena (TI) Maró com fundamento racista”, cometendo uma violência que atingiu todos os povos indígenas de Santarém e do Baixo Tapajós. “Tentou calar a voz dos indígenas que há séculos resistem às violências do processo colonial”, ressaltam as organizações.
FASE participa da aprovação do Plano de Agroecologia e Produção Orgânica no Pará
Proposto pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), o plano prevê o fortalecimento da agricultura familiar no município de Igarapé-Miri
Fundo Amazônia: uma conquista em risco
A Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), que representa mais de 200 organizações, dentre elas a FASE, defende o Fundo Amazônia, resultado do Acordo de Cooperação com o Governo da Noruega e gerenciado pelo BNDES. Principalmente porque a doação que gerou o Fundo é um reconhecimento do sucesso das ações de conservação ambiental. Reitera ainda a importância da participação da sociedade civil organizada e sua legitimidade para participar e executar projetos na Amazônia. Rechaçamos qualquer iniciativa de criminalizar os povos indígenas, as comunidades tradicionais e as organizações da sociedade civil que lutam para a conservação da floresta.
Fundo Dema: Projetos apoiados trocam experiências em ação de monitoramento
Oito projetos da região metropolitana de Belém, apoiados por meio do Edital Cidades Amazônicas, se reúnem para falar de seus resultados
FASE e Fundo Dema realizam Primeiro Encontro Paraense de Agroecologia em Santarém
Com o tema ‘Agroecologia, tecendo redes por Soberania Alimentar e Popular nos territórios Amazônicos’, o encontro foi organizado em conjunto pela FASE e Fundo Dema além de associações e coletivos
Após denúncias de professoras, produtor rural é multado por intoxicação de alunos
A escola municipal Vitalina Motta foi visitada por representantes da Frente Brasileira contra o Acordo UE-Mercosul há no mês passado
NOTA DE REPÚDIO
A FASE repudia a decisão da Câmara de Vereadores e do Prefeito de Santarém (PA) que viola o princípio constitucional da gestão democrática das cidades no processo de Revisão do Plano Diretor, ao entregarem o Lago do Maicá ao agronegócio, contrariando a deliberação popular. O Lago do Maicá é patrimônio ambiental e socioeconômico de Santarém. É um berçário natural de peixes de onde sai boa parte do pescado comercializado, sendo a principal fonte de sustento de centenas de famílias pescadoras. Suas adjacências são tomadas por áreas produtoras de horticultura e árvores frutíferas cuja comercialização contribui significativamente para a renda de muitas famílias agricultoras. Comunidades indígenas e ribeirinhas tiram seu sustento da biodiversidade dessa região. Além disso, no perímetro urbano está localizado um quilombo, no bairro Pérola do Maicá. Com toda essa diversidade de povos e seu rico ecossistema, o Lago do Maicá é bem comum de Santarém e de todo o planeta.
Acordo UE-Mercosul na Amazônia: Professoras guardiãs dos territórios
Professoras de ensino fundamental e médio de municípios do planalto santareno, no Pará agem como verdadeiras ativistas na luta pelos direitos de seus alunos à educação e à saúde
Acordo UE-Mercosul na Amazônia: Amazônidas que lutam por seus modos de vida
Com a instalação do porto da Cargill, em Santarém, e as operações de produção e exportação da soja, os modos de vida da região foram alterados e os territórios isolados
Carta Política IV Encontro Regional de Agroecologia da Amazônia
Entre os dias 05 e 09 de novembro de 2018 realizamos o IV Encontro Regional de Agroecologia da Amazônia – Por Territórios Livres e Soberania Popular na Amazônia, que é o o maior evento de Agroecologia da Pan Amazônia, que teve, nesse momento, o papel de refletir sobre os desafios do movimento agroecológico na Amazônia brasileira. O evento foi marcado por uma maioria de mulheres, que representou 56% do público, tendo também uma presença marcante da juventude. No encontro realizou-se um qualificado debate sobre a conjuntura na óptica dos movimentos sociais da Amazônia, como também proporcionou-se aos participantes uma rica imersão nos territórios, possibilitando diversas e valorosas trocas de experiências.
Acordo UE-Mercosul na Amazônia: Invasores do território e o rastro de destruição da soja
O porto da Cargill começou a operar em 2003, com indícios de irregularidades e tem provocado impactos tanto na área urbana quanto rural
FASE Amazônia realiza curso para segurança alimentar e preservação da biodiversidade
O objetivo é assegurar a soberania alimentar de famílias agricultoras com a produção de ração alternativa para aves
FASE promove encontro com lideranças de territórios ameaçados na Amazônia
Comunidades da Amazônia discutem os avanços das infraestruturas e da bioeconomia no baixo Tocantins
Protocolos de consulta e consentimento prévio protegem comunidades na Amazônia
Os protocolos de consulta e consentimento prévio são um conjunto de regras aprovadas pela comunidade para facilitar o passo-a-passo às autoridades públicas no processo de Consulta